Cosme da Silva Campos: mudanças entre as edições
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Cosme da Silva Campos, mais conhecido como '''Campos''', atuou no Atlético entre os anos de [[1970]] e [[1976]]. Em 199 partidas disputadas, marcou 97 gols. | Cosme da Silva Campos, mais conhecido como '''Campos''', atuou no Atlético entre os anos de [[1970]] e [[1976]]. Em 199 partidas disputadas, marcou 97 gols. | ||
Iniciou sua carreira nas Categorias de Base do [[Galo]] e passou para o profissional em [[1970]]. Sua carreira ficou marcada por ter sido acusado de ''doping'' numa partida contra o [[Vasco-RJ|Vasco da Gama]], no [[Maracanã]]. O Atlético ganhou a partida por [[197374 Vasco-RJ 1 x 2 Atlético|2 a 1]], com dois gols de Campos. A história foi contada com detalhes por ele em reportagem do jornal Estado de Minas, de 21 de julho de 2011: | Iniciou sua carreira nas Categorias de Base do [[Galo]] e passou para o profissional em [[1970]]. Sua carreira ficou marcada por ter sido acusado de ''doping'' numa partida contra o [[Vasco-RJ|Vasco da Gama]], no [[Maracanã]]. O Atlético ganhou a partida por [[197374 Vasco-RJ 1 x 2 Atlético|2 a 1]], com dois gols de Campos. A história foi contada com detalhes por ele em reportagem do jornal Estado de Minas, de 21 de julho de 2011: | ||
"Goleador do Campeonato Mineiro de 1973, com 15 gols, fazia um Nacional regular até ser atingido na boca por uma joelhada do zagueiro vascaíno Renê, em jogo no Rio. Para o garoto não ficar de fora da partida seguinte diante do time carioca, o então médico atleticano, Haroldo Lopes da Costa, receitou anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos, como Parenzine, Pantomicina, Tetraciclina, Dorflex e Novalgina, para minimizar a dor até o procedimento cirúrgico, marcado para o dia 19. A efedrina estava no Dorflex. | "Goleador do Campeonato Mineiro de 1973, com 15 gols, fazia um Nacional regular até ser atingido na boca por uma joelhada do zagueiro vascaíno Renê, em jogo no Rio. Para o garoto não ficar de fora da partida seguinte diante do time carioca, o então médico atleticano, Haroldo Lopes da Costa, receitou anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos, como Parenzine, Pantomicina, Tetraciclina, Dorflex e Novalgina, para minimizar a dor até o procedimento cirúrgico, marcado para o dia 19. A efedrina estava no Dorflex. | ||
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DOR E PRECONCEITO 'Eu não tomava nada por minha conta, pois pertencia ao clube. O Haroldo era quem me receitava. No exame, a urina saiu vermelha e falaram que eu tinha comido beterraba no almoço, mas não era verdade. Estava sem comer nada havia duas semanas, por causa dos machucados na boca”, lembra. O resultado saiu uma semana depois, em 25 de novembro. “A hora em que recebi a notícia foi a pior da minha vida. Estava concentrado no Hotel Brasil, na Praça Sete, e quando desci a imprensa já estava reunida. Pensei que tinha alguém famoso lá, de tanta gente. Não acreditei quando o presidente Nelson Campos me chamou para conversar.' | DOR E PRECONCEITO 'Eu não tomava nada por minha conta, pois pertencia ao clube. O Haroldo era quem me receitava. No exame, a urina saiu vermelha e falaram que eu tinha comido beterraba no almoço, mas não era verdade. Estava sem comer nada havia duas semanas, por causa dos machucados na boca”, lembra. O resultado saiu uma semana depois, em 25 de novembro. “A hora em que recebi a notícia foi a pior da minha vida. Estava concentrado no Hotel Brasil, na Praça Sete, e quando desci a imprensa já estava reunida. Pensei que tinha alguém famoso lá, de tanta gente. Não acreditei quando o presidente Nelson Campos me chamou para conversar.' | ||
Campos foi suspenso preventivamente por 60 dias. Em julgamento na sede da Confederação Brasileira de Desportos, no Rio, com a presença de seu advogado, de representantes do Atlético e da CBF (Valed Perry), o jogador foi suspenso por seis meses. 'Sempre sofri com torcida adversária me chamando de maconheiro. O que aconteceu comigo foi completamente diferente, mas nunca perderam a chance de me provocar. Teve uma vez que fui a uma festa e um torcedor chegou para me provocar: ‘E aí, dopado?’ Saí da festa quase chorando de tristeza. A marca ficou para sempre', desabafa." <ref>http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2011/07/21/noticia_atletico_mg,190477/campos-um-triste-pioneirismo.shtml</ref> | Campos foi suspenso preventivamente por 60 dias. Em julgamento na sede da Confederação Brasileira de Desportos, no Rio, com a presença de seu advogado, de representantes do Atlético e da CBF (Valed Perry), o jogador foi suspenso por seis meses. 'Sempre sofri com torcida adversária me chamando de maconheiro. O que aconteceu comigo foi completamente diferente, mas nunca perderam a chance de me provocar. Teve uma vez que fui a uma festa e um torcedor chegou para me provocar: ‘E aí, dopado?’ Saí da festa quase chorando de tristeza. A marca ficou para sempre', desabafa." <ref>[http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2011/07/21/noticia_atletico_mg,190477/campos-um-triste-pioneirismo.shtml Campos Um triste pioneirismo]<small>, acesso em [[21 de julho]] de [[2011]].</small></ref> | ||
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Cosme da Silva Campos | |
Data de nasc. | 21 de dezembro de 1952 (71 anos) | |
Local de nasc. | Pedro Leopoldo-MG , Brasil | |
Altura | 1,76 m | |
Peso | 72 kg | |
Apelido(s) | Campos | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Último clube | São José-SP (1984) | |
Número | 9 | |
Posição | Atacante | |
Revelado por | Atlético (1970) | |
Princ. clubes | Atlético, Nacional, Náutico e Guarani. | |
Total de jogos pelo Galo | ||
Jogos | 199 | |
Gols | 97 | |
Estreia | Carlos Chagas-MG 1 x 1 CAM - 08/11/1970 | |
Último jogo | Caldense-MG 1 x 1 CAM - 27/06/1976 | |
Vitórias | 110 | |
Empates | 52 | |
Derrotas | 37 | |
Títulos | Taça Belo Horizonte: 1971 e 1972 Taça Minas Gerais: 1975 e 1976 Campeonato Mineiro 1976 | |
Atualizado em | 2 de julho de 2011 |
Biografia
Cosme da Silva Campos, mais conhecido como Campos, atuou no Atlético entre os anos de 1970 e 1976. Em 199 partidas disputadas, marcou 97 gols. Iniciou sua carreira nas Categorias de Base do Galo e passou para o profissional em 1970. Sua carreira ficou marcada por ter sido acusado de doping numa partida contra o Vasco da Gama, no Maracanã. O Atlético ganhou a partida por 2 a 1, com dois gols de Campos. A história foi contada com detalhes por ele em reportagem do jornal Estado de Minas, de 21 de julho de 2011:
"Goleador do Campeonato Mineiro de 1973, com 15 gols, fazia um Nacional regular até ser atingido na boca por uma joelhada do zagueiro vascaíno Renê, em jogo no Rio. Para o garoto não ficar de fora da partida seguinte diante do time carioca, o então médico atleticano, Haroldo Lopes da Costa, receitou anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos, como Parenzine, Pantomicina, Tetraciclina, Dorflex e Novalgina, para minimizar a dor até o procedimento cirúrgico, marcado para o dia 19. A efedrina estava no Dorflex.
DOR E PRECONCEITO 'Eu não tomava nada por minha conta, pois pertencia ao clube. O Haroldo era quem me receitava. No exame, a urina saiu vermelha e falaram que eu tinha comido beterraba no almoço, mas não era verdade. Estava sem comer nada havia duas semanas, por causa dos machucados na boca”, lembra. O resultado saiu uma semana depois, em 25 de novembro. “A hora em que recebi a notícia foi a pior da minha vida. Estava concentrado no Hotel Brasil, na Praça Sete, e quando desci a imprensa já estava reunida. Pensei que tinha alguém famoso lá, de tanta gente. Não acreditei quando o presidente Nelson Campos me chamou para conversar.'
Campos foi suspenso preventivamente por 60 dias. Em julgamento na sede da Confederação Brasileira de Desportos, no Rio, com a presença de seu advogado, de representantes do Atlético e da CBF (Valed Perry), o jogador foi suspenso por seis meses. 'Sempre sofri com torcida adversária me chamando de maconheiro. O que aconteceu comigo foi completamente diferente, mas nunca perderam a chance de me provocar. Teve uma vez que fui a uma festa e um torcedor chegou para me provocar: ‘E aí, dopado?’ Saí da festa quase chorando de tristeza. A marca ficou para sempre', desabafa." [1]
Ficha Técnica
Nome: Cosme da Silva Campos
Posição: Atacante
Data de Nascimento: 21 de dezembro de 1952
Local: Pedro Leopoldo-MG
Carreira
Atlético - 1970/1972
Nacional-AM - 1972
Atlético - 1973/1976
América-SC - 1976
Guarani-SP - 1976/1977
Náutico-PE - 1978
São Bento-SP - 1979
América-MG - 1979
Santos-SP - 1979/1980
Marília-SP - 1981
Operário-MS - 1981
Nacional-AM - 1982
Portuguesa-SP - 1982/1983
São José-SP - 1984
Partidas Disputadas
Títulos
1971 - Taça Belo Horizonte - Atlético
1971 - Campeonato Brasileiro - Atlético
1972 - Taça Belo Horizonte - Atlético
1975 - Taça Minas Gerais - Atlético
1976 - Taça Minas Gerais - Atlético
1976 - Campeonato Mineiro - Atlético
Artilharias
1973 - Campeonato Mineiro - Atlético - 15 gols
Referências
- Cadastro de Jogadores - Diretoria de Relações Públicas - Clube Atlético Mineiro
- ↑ Campos Um triste pioneirismo, acesso em 21 de julho de 2011.