Antônio Carlos Cerezo: mudanças entre as edições

De Clube Atletico Mineiro - Enciclopedia Galo Digital
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Iniciou sua carreira longe das bolas. Filho de atores, desde pequeno já se apresentava em companhia do pai, o palhaço Moleza, em circos montados pela periferia de Belo Horizonte e em programas da extinta TV Itacolomi. Aos oito anos de idade, Toninho sofreu com a perda do pai, mas continuou se apresentando nos picadeiros com a mãe, para a sobrevivência de sua família. A carreira circense só foi encerrada sete anos mais tarde, quando foi descoberto por um olheiro do Atlético jogando em campos de várzea jogando pelo time do Ferroviário, no bairro Esplanada. Em [[1972]], estreou na equipe júnior do [[Galo]]. Aos 17 anos, chegou a ser emprestado ao [[Nacional-AM|Nacional do Amazonas]] para adquirir experiência. ''"No júnior do Atlético eu ganhava cem cruzeiros. Fui para Manaus ganhando mil. No dia em que recebi o primeiro ordenado, fiquei bobo. Mil pratas! Era demais, para mim que nunca tinha visto mais de cem, e que nunca tinha podido ajudar a mamãe. Peguei a grana e fui para o banco. Tirei cento e cinquenta e mandei o resto para Belo Horizonte. Na hora em que despachei o dinheiro, não resisti: estava mandando o primeiro dinheiro para minha casa. Chorei lá mesmo, no banco,"'' lembrou o ex-jogador. No [[Nacional-AM]], aprendeu a superar crises e jogar firme e tranquilo. [[João Lacerda Filho|Barbatana]], então técnico do [[Nacional-AM]], confiou no futebol de Cerezo e o mandou de volta para Belo Horizonte, onde [[Telê Santana]], então técnico do [[Galo]], o esperava para ocupar a reseva. No início, Toninho entrava e saía. Ainda não era capaz de atender as necessidades do time, tudo uma questão de tempo. Aos poucos foi conquistando a confiança da torcida e de [[Telê Santana|Telê]].
Iniciou sua carreira longe das bolas. Filho de atores, desde pequeno já se apresentava em companhia do pai, o palhaço Moleza, em circos montados pela periferia de Belo Horizonte e em programas da extinta TV Itacolomi. Aos oito anos de idade, Toninho sofreu com a perda do pai, mas continuou se apresentando nos picadeiros com a mãe, para a sobrevivência de sua família. A carreira circense só foi encerrada sete anos mais tarde, quando foi descoberto por um olheiro do Atlético jogando em campos de várzea jogando pelo time do Ferroviário, no bairro Esplanada. Em [[1972]], estreou na equipe júnior do [[Galo]]. Aos 17 anos, chegou a ser emprestado ao [[Nacional-AM|Nacional do Amazonas]] para adquirir experiência. ''"No júnior do Atlético eu ganhava cem cruzeiros. Fui para Manaus ganhando mil. No dia em que recebi o primeiro ordenado, fiquei bobo. Mil pratas! Era demais, para mim que nunca tinha visto mais de cem, e que nunca tinha podido ajudar a mamãe. Peguei a grana e fui para o banco. Tirei cento e cinquenta e mandei o resto para Belo Horizonte. Na hora em que despachei o dinheiro, não resisti: estava mandando o primeiro dinheiro para minha casa. Chorei lá mesmo, no banco,"'' lembrou o ex-jogador. No [[Nacional-AM]], aprendeu a superar crises e jogar firme e tranquilo. [[João Lacerda Filho|Barbatana]], então técnico do [[Nacional-AM]], confiou no futebol de Cerezo e o mandou de volta para Belo Horizonte, onde [[Telê Santana]], então técnico do [[Galo]], o esperava para ocupar a reseva. No início, Toninho entrava e saía. Ainda não era capaz de atender as necessidades do time, tudo uma questão de tempo. Aos poucos foi conquistando a confiança da torcida e de [[Telê Santana|Telê]].


=== Estréia como Profissional pelo Galo ===
=== Estreia como Profissional pelo Galo ===


Voltou ao [[Galo]] em [[1974]]. Ganhou a posição de titular no time alvinegro onde vestiu a camisa 8 por dez anos consecutivos. Neste período, foi seis vezes campeão mineiro ([[Campeonato Mineiro 1976|1976]], [[Campeonato Mineiro 1978|1978]], [[Campeonato Mineiro 1979|1979]], [[Campeonato Mineiro 1980|1980]], [[Campeonato Mineiro 1981|1981]], [[Campeonato Mineiro 1982|1982]]), duas vezes vice-campeão brasileiro ([[Campeonato Brasileiro 1977|1977]], [[Campeonato Brasileiro 1980|1980]]). Foi considerado herói na conquista do [[Campeonato Mineiro 1976|estadual de 1976]] acabando com a hegemonia de quatro anos do rival [[Cruzeiro-MG|Cruzeiro]]. Ao lado de [[José Reinaldo de Lima|Reinaldo]], formou uma das maiores linhas de ataque de todos os tempos do Clube Atlético Mineiro. Somente a presença dos dois em campo bastava para intimidar os adversários. Foi com essa grande dupla no ataque que a conquista do [[Campeonato Mineiro 1981|Mineiro]] em [[1981]] tornasse realidade. Como capitão do time, Cerezo ficou conhecido por ser um ''capitão da paz''. Dois fatos culminaram nesse apelido. Primeiro, quando o ex-goleiro [[Miguel Angel Ortiz|Ortiz]] reapareceu, após abandonar o clube, ficou sem direito a salários e foi proibido de treinar. Foi Cerezo quem conseguiu uma licença para que [[Miguel Angel Ortiz|Ortiz]] voltasse aos treinos - ainda que em separado - e comandou uma coleta de dinheiro para ele comer e pagar hotel. O segundo episódio aconteceu quando o jogador [[Nei Severino Dias|Nei Dias]] ameaçou o técnico [[Procópio Cardoso Neto|Procópio]] de morte e só voltou ao time por influência de Cerezo.
Voltou ao [[Galo]] em [[1974]]. Ganhou a posição de titular no time alvinegro onde vestiu a camisa 8 por dez anos consecutivos. Neste período, foi seis vezes campeão mineiro ([[Campeonato Mineiro 1976|1976]], [[Campeonato Mineiro 1978|1978]], [[Campeonato Mineiro 1979|1979]], [[Campeonato Mineiro 1980|1980]], [[Campeonato Mineiro 1981|1981]], [[Campeonato Mineiro 1982|1982]]), duas vezes vice-campeão brasileiro ([[Campeonato Brasileiro 1977|1977]], [[Campeonato Brasileiro 1980|1980]]). Foi considerado herói na conquista do [[Campeonato Mineiro 1976|estadual de 1976]] acabando com a hegemonia de quatro anos do rival [[Cruzeiro-MG|Cruzeiro]]. Ao lado de [[José Reinaldo de Lima|Reinaldo]], formou uma das maiores linhas de ataque de todos os tempos do Clube Atlético Mineiro. Somente a presença dos dois em campo bastava para intimidar os adversários. Foi com essa grande dupla no ataque que a conquista do [[Campeonato Mineiro 1981|Mineiro]] em [[1981]] tornasse realidade. Como capitão do time, Cerezo ficou conhecido por ser um ''capitão da paz''. Dois fatos culminaram nesse apelido. Primeiro, quando o ex-goleiro [[Miguel Angel Ortiz|Ortiz]] reapareceu, após abandonar o clube, ficou sem direito a salários e foi proibido de treinar. Foi Cerezo quem conseguiu uma licença para que [[Miguel Angel Ortiz|Ortiz]] voltasse aos treinos - ainda que em separado - e comandou uma coleta de dinheiro para ele comer e pagar hotel. O segundo episódio aconteceu quando o jogador [[Nei Severino Dias|Nei Dias]] ameaçou o técnico [[Procópio Cardoso Neto|Procópio]] de morte e só voltou ao time por influência de Cerezo.

Edição das 16h23min de 16 de abril de 2009

Toninho Cerezo
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Informações Pessoais
Nome completo Antônio Carlos Cerezo
Nascimento 21 de Abril de 1955
Cidade natal Belo Horizonte-MG , Brasil
Apelido Toninho Cerezo
Atlético (Jogador)
Jogos 400
Gols 53
Estreia CEUB-DF 2 x 2 CAM - 19/02/1974
Último jogo CAM 2 x 2 Milan-ITA - 02/08/1997
Vitórias 257
Empates 90
Derrotas 53
Títulos Campeonatos Mineiros 1976, 1978, 1979, 1980, 1981 e 1982
Taça BH 1971
Taça Minas Gerais 1975 e 1976
Campeão dos Campeões 1978
Copa Centenário BH 1997
Observações Teve três passagens pelo clube
Atlético (Treinador)
Jogos 13
Estreia Ipiranga-MG 0 x 3 CAM - 07/02/1999
Último Jogo Cruzeiro-MG 5 x 1 CAM - 04/04/1999
Vitórias 6
Empates 2
Derrotas 5
Títulos Nenhum
Observações Atualizado em 10/02/09
Carreira - Jogador
Revelado por Atlético
Posição que atuou Meio-Campo
Principais clubes Atlético, São Paulo-SP, Roma-ITA, Sampdoria-ITA
Carreira - Treinador
Clube atual Al-Shabab
Principais clubes Atlético, Kashima Antlers-JAP, Vitória-BA



Biografia

Antônio Carlos Cerezo, mais conhecido como Toninho Cerezo, foi um dos principais jogadores na história do Clube Atlético Mineiro. Entre os anos de 1974 e 1983, conquistou nove títulos e participou de duas Copas do Mundo. Aos 42 anos de idade, voltou ao Galo para fazer sua partida de despedida na Copa Centenário de Belo Horizonte.

Início de Carreira

Iniciou sua carreira longe das bolas. Filho de atores, desde pequeno já se apresentava em companhia do pai, o palhaço Moleza, em circos montados pela periferia de Belo Horizonte e em programas da extinta TV Itacolomi. Aos oito anos de idade, Toninho sofreu com a perda do pai, mas continuou se apresentando nos picadeiros com a mãe, para a sobrevivência de sua família. A carreira circense só foi encerrada sete anos mais tarde, quando foi descoberto por um olheiro do Atlético jogando em campos de várzea jogando pelo time do Ferroviário, no bairro Esplanada. Em 1972, estreou na equipe júnior do Galo. Aos 17 anos, chegou a ser emprestado ao Nacional do Amazonas para adquirir experiência. "No júnior do Atlético eu ganhava cem cruzeiros. Fui para Manaus ganhando mil. No dia em que recebi o primeiro ordenado, fiquei bobo. Mil pratas! Era demais, para mim que nunca tinha visto mais de cem, e que nunca tinha podido ajudar a mamãe. Peguei a grana e fui para o banco. Tirei cento e cinquenta e mandei o resto para Belo Horizonte. Na hora em que despachei o dinheiro, não resisti: estava mandando o primeiro dinheiro para minha casa. Chorei lá mesmo, no banco," lembrou o ex-jogador. No Nacional-AM, aprendeu a superar crises e jogar firme e tranquilo. Barbatana, então técnico do Nacional-AM, confiou no futebol de Cerezo e o mandou de volta para Belo Horizonte, onde Telê Santana, então técnico do Galo, o esperava para ocupar a reseva. No início, Toninho entrava e saía. Ainda não era capaz de atender as necessidades do time, tudo uma questão de tempo. Aos poucos foi conquistando a confiança da torcida e de Telê.

Estreia como Profissional pelo Galo

Voltou ao Galo em 1974. Ganhou a posição de titular no time alvinegro onde vestiu a camisa 8 por dez anos consecutivos. Neste período, foi seis vezes campeão mineiro (1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982), duas vezes vice-campeão brasileiro (1977, 1980). Foi considerado herói na conquista do estadual de 1976 acabando com a hegemonia de quatro anos do rival Cruzeiro. Ao lado de Reinaldo, formou uma das maiores linhas de ataque de todos os tempos do Clube Atlético Mineiro. Somente a presença dos dois em campo bastava para intimidar os adversários. Foi com essa grande dupla no ataque que a conquista do Mineiro em 1981 tornasse realidade. Como capitão do time, Cerezo ficou conhecido por ser um capitão da paz. Dois fatos culminaram nesse apelido. Primeiro, quando o ex-goleiro Ortiz reapareceu, após abandonar o clube, ficou sem direito a salários e foi proibido de treinar. Foi Cerezo quem conseguiu uma licença para que Ortiz voltasse aos treinos - ainda que em separado - e comandou uma coleta de dinheiro para ele comer e pagar hotel. O segundo episódio aconteceu quando o jogador Nei Dias ameaçou o técnico Procópio de morte e só voltou ao time por influência de Cerezo.

Passagens pela Seleção Brasileira

Em 1978, mostrando um grande futebol, Cerezo foi convocado para defender o Brasil na Copa do Mundo da Argentina. Após a volta desse Mundial, a carreira de Toninho de consolidava no Brasil inteiro, mas também foi a causa de uma suposta crise de estrelismo, segundo os críticos da época. Seu futebol, por uns tempos, caiu de rendimento. Porém, Toninho sempre treinou em busca da perfeição. Com objetivos bastante definidos, em 1982, Cerezo foi novamente convocado para integrar a Seleção no Mundial da Espanha, desta vez pelo técnico Telê Santana. Sua escalação, em 82, envolveu uma série de polêmicas, já que o jogador havia sido expulso num jogo contra a Bolívia nas eliminatórias. Já tendo cumprido punição em dois jogos oficiais, faltava apenas um, exatamente a primeira partida da Seleção no Mundial. Apesar de não ter conseguido anular sua punição, Cerezo voltou para os outros jogos como titular absoluto. Formou ao lado de Falcão, Sócrates e Zico um dos melhores meio-campo da história do futebol mundial. Porém, devido a uma falha no jogo contra a Itália, Cerezo sofreu duras críticas por ter sido responsável pelo gol italiano que eliminou a Seleção Brasileira do Mundial por 3 a 2.

"Reconheço o passe errado no fatídico jogo contra a Itália, mas faço questão de ressaltar que o Brasil não foi eliminado somente por aquele lance", defendeu-se Toninho Cerezo.

Carreira Internacional

Saiu do Atlético em 1983 indo jogar no Roma da Itália, negociado por US$ 10 milhões, mesmo valor da transferência de Zico para a Udinese, clube também italiano. O frio e as diferenças culturais encontrados por Cerzeo na Itália foram grandes barreiras que impediram o jogador de repetir o mesmo sucesso conquistado em Belo Horizonte, mas ajudou o clube a conseguir duas Copas da Itália em 1984 e 1986. Logo após os títulos, em agosto de 1986, Toninho Cerezo se transferiu para o Sampdoria-ITA, onde brilhou novamente. Lá, ganhou o apelido de Pluto, lembrando o cachorro do Mickey, por suas passadas largas e desajeitadas. Conquistou um Campeonato Italiano e mais duas Copas da Itália.

Retorno ao Brasil

Retornou ao Brasil em 1992, jogando pelo São Paulo e presente nas duas campanhas de títulos mundiais do tricolor em Tóquio, em 92 e 93. Saiu do clube paulista ainda para atuar pelo Cruzeiro, em 1994, pelo Palmeiras, em 1995 e pelo América mineiro em 1996. Para encerrar a carreira, retornou ao Atlético em 96/97, onde foi campeão da Copa Centenário de Belo Horizonte em 1997, num empate em 2 a 2 com o Milan da Itália.


Ao todo fez 400 jogos pelo Galo marcando 53 gols. Após encerrar carreira como jogador, Cerezo tornou-se técnico chegando a comandar o Galo no início de 1999.

Ficha Técnica

Nome: Antônio Carlos Cerezo
Posição: Meio-Campo
Data de Nascimento: 21 de Abril de 1955
Local: Belo Horizonte-MG

Carreira como jogador

Atlético - 1973
Nacional-AM - 1973/1974
Atlético - 1974/1983
Roma-ITA - 1983/1986
Sampdoria-ITA - 1986/1992
São Paulo-SP - 1992/1993
Cruzeiro-MG - 1994
América-MG - 1995/1996
Atlético - 1996/1997

Carreira como treinador

Partidas Disputadas

Títulos como jogador

1974 - Campeonato Amazonense - Nacional-AM
1975 - Taça Minas Gerais - Atlético
1976 - Taça Minas Gerais - Atlético
1976 - Campeonato Mineiro - Atlético
1978 - Campeonato Mineiro - Atlético
1978 - Torneio Campeão dos Campeões Brasileiros - Atlético
1979 - Campeonato Mineiro - Atlético
1980 - Campeonato Mineiro - Atlético
1981 - Campeonato Mineiro - Atlético
1982 - Campeonato Mineiro - Atlético
1984 - Copa da Itália - Roma-ITA
1986 - Copa da Itália - Roma-ITA
1988 - Copa da Itália - Sampdoria-ITA
1989 - Copa da Itália - Sampdoria-ITA
1990 - Supercopa da Europa - Sampdoria-ITA
1991 - Copa da Itália - Sampdoria-ITA
1991 - Campeonato Italiano - Sampdoria-ITA
1992 - Campeonato Paulista - São Paulo-SP
1992 - Taça Libertadores da América - São Paulo-SP
1992 - Mundial Interclubes - São Paulo-SP
1993 - Taça Libertadores da América - São Paulo-SP
1993 - Mundial Interclubes - São Paulo-SP
1994 - Campeonato Mineiro - Cruzeiro-MG
1997 - Copa Centenário de Belo Horizonte - Atlético

Outros

1976 - Bola de Prata da Revista Placar - Atlético
1977 - Bola de Prata da Revista Placar - Atlético
1977 - Bola de Ouro da Revista Placar - Atlético
1980 - Bola de Prata da Revista Placar - Atlético
1980 - Bola de Ouro da Revista Placar - Atlético
1992 - Vice-UEFA Champions League - Sampdoria-ITA

Títulos como treinador

2000 - Campeonato Japonês - Kashima Antlers-JAP
2000 - Copa do Imperador - Kashima Antlers-JAP
2000 - Copa da Liga Japonesa - Kashima Antlers-JAP