Ladislao Mazurkiewicz Iglesias: mudanças entre as edições
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Filho de pais poloneses, iniciou sua carreira no futebol pelo [[Peñarol-URU|Peñarol]] do Uruguai. Reserva do então titular Luis Maidana, Mazurkiewicz estreou como titular numa partida contra o [[Santos-SP|Santos]], de [[Edison Arantes do Nascimento|Pelé]], válida pelas semifinais da Copa Libertadores da América, em [[1965]]. Acreditando em uma derrota certa, os uruguaios se surpreenderam quando terminaram o jogo com uma vitória por 2 a 1. Eleito como o melhor em campo, aquela noite marcou o início da carreira desse goleiro que se tornou uma lenda viva no futebol. Disputou três Mundiais pela Seleção Uruguaia (em [[1966]], [[1970]] - onde conquistou o título de melhor goleiro do Mundial - e [[1974]]), além de integrar por duas vezes a Seleção do Resto do Mundo. No auge de sua carreira, o goleiro veio assumir a camisa 1 do [[Galo]], sendo vaiado, no aeroporto de Montevidéu, por uma multidão de torcedores uruguaios que o acusavam de "traidor". | Filho de pais poloneses, iniciou sua carreira no futebol pelo [[Peñarol-URU|Peñarol]] do Uruguai. Reserva do então titular Luis Maidana, Mazurkiewicz estreou como titular numa partida contra o [[Santos-SP|Santos]], de [[Edison Arantes do Nascimento|Pelé]], válida pelas semifinais da Copa Libertadores da América, em [[1965]]. Acreditando em uma derrota certa, os uruguaios se surpreenderam quando terminaram o jogo com uma vitória por 2 a 1. Eleito como o melhor em campo, aquela noite marcou o início da carreira desse goleiro que se tornou uma lenda viva no futebol. Disputou três Mundiais pela Seleção Uruguaia (em [[1966]], [[1970]] - onde conquistou o título de melhor goleiro do Mundial - e [[1974]]), além de integrar por duas vezes a Seleção do Resto do Mundo. No auge de sua carreira, o goleiro veio assumir a camisa 1 do [[Galo]], sendo vaiado, no aeroporto de Montevidéu, por uma multidão de torcedores uruguaios que o acusavam de "traidor". | ||
Chegou ao Atlético em [[1972]], nos tempos de [[Dario José dos Santos|Dario]], [[Raimundo José Correia|Lôla]], [[Vantuir Galdino Ramos|Vantuir]] e outros. Teve sua vinda a Belo Horizonte recheada por problemas. O então presidente do Atlético, [[Nelson Campos]], por pouco dispensou o jogador por cause da mudança de valores, sugerida pelos empresários do jogador, no momento da assinatura do contrato, na [[Sede de Lourdes]]. O impasse com a diretoria permaneceu durante o dia todo. Os cartolas exigiam que o Atlético assumisse uma dívida do [[Peñarol-URU|Peñarol]] com o jogador, motivo de sua briga com a equipe. O presidente se recusou | Chegou ao Atlético em [[1972]], nos tempos de [[Dario José dos Santos|Dario]], [[Raimundo José Correia|Lôla]], [[Vantuir Galdino Ramos|Vantuir]] e outros. Teve sua vinda a Belo Horizonte recheada por problemas. O então presidente do Atlético, [[Nelson Campos]], por pouco dispensou o jogador por cause da mudança de valores, sugerida pelos empresários do jogador, no momento da assinatura do contrato, na [[Sede de Lourdes]]. O impasse com a diretoria permaneceu durante o dia todo. Os cartolas exigiam que o Atlético assumisse uma dívida do [[Peñarol-URU|Peñarol]] com o jogador, motivo de sua briga com a equipe. O presidente se recusou e pediu à imprensa que fosse noticiado a desistência da contratação. Mazurkiewicz, entretanto, demonstrou grande vontade de vestir a camisa alvinegra e as negociações continuaram positivamente. As negociações voltaram a se complicar quando o jogador exigiu que o Atlético assumisse o pagamento de seu imposto de renda. O dirigentes atleticanos, furiosos, encerraram a reunião pela segunda vez. Dizem que [[Nelson Campos]] já estava no carro, quando ouviu o chamado de um funcionário que informou que o uruguaio havia aceitado a proposta final. Já era noite quando tudo se resolveu. | ||
E o goleiro não decepcionou o esforço da diretoria. Durante seu tempo no [[Galo]], o goleiro mostrou os prodigiosos reflexos, sua segurança, o extraordinário oportunismo somado à frieza que aumentavam a confiança absoluta dos companheiros. ''"Foi uma época inesquecível."'' | E o goleiro não decepcionou o esforço da diretoria. Durante seu tempo no [[Galo]], o goleiro mostrou os prodigiosos reflexos, sua segurança, o extraordinário oportunismo somado à frieza que aumentavam a confiança absoluta dos companheiros. ''"Foi uma época inesquecível."'' , lembra o jogador. | ||
Após a Copa do Mundo de [[1974]], transferiu-se para o Granada, da Espanha, passou por [[Cobreloa-CHI|Cobreloa]] e [[América-COL|América de Cali]] antes de retornar ao [[Peñarol-URU|Peñarol]] em [[1981]], clube no qual encerrou a carreira. | Após a Copa do Mundo de [[1974]], transferiu-se para o Granada, da Espanha, passou por [[Cobreloa-CHI|Cobreloa]] e [[América-COL|América de Cali]] antes de retornar ao [[Peñarol-URU|Peñarol]] em [[1981]], clube no qual encerrou a carreira. |
Edição das 17h06min de 3 de janeiro de 2013
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Ladislao Mazurkiewicz Iglesias | |
Data de nasc. | 14 de fevereiro de 1945 (79 anos) | |
Local de nasc. | Piriápolis, Uruguai | |
Data de morte | 2 de janeiro de 2013 | |
Local da morte | Montevidéu, Uruguai | |
Altura | 1,78 m | |
Apelido(s) | Mazurkiewicz Mazurka | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Último clube | Peñarol-URU (1981) | |
Número | 1 | |
Posição | Goleiro | |
Revelado por | Peñarol-URU (1965) | |
Princ. clubes | Peñarol, Atlético e Seleção Uruguaia. | |
Total de jogos pelo Galo | ||
Jogos | 89 | |
Gols | 67 sofridos | |
Estreia | CAM 0 x 0 Olímpia-PAR - 05/03/1972 | |
Último jogo | CAM 1 x 1 Cruzeiro-MG - 08/09/1974 | |
Vitórias | 42 | |
Empates | 30 | |
Derrotas | 17 | |
Observações | Atuou nas Copas de 1966 e 70. | |
Atualizado em | 2 de janeiro de 2013 |
Biografia
Ladislao Mazurkiewicz Iglesias, mais conhecido como Mazurkiewicz, foi um goleiro e atuou no Galo entre os anos de 1972 e 1974. Com a camisa alvinegra, fez 89 jogos e levou 67 gols.
Filho de pais poloneses, iniciou sua carreira no futebol pelo Peñarol do Uruguai. Reserva do então titular Luis Maidana, Mazurkiewicz estreou como titular numa partida contra o Santos, de Pelé, válida pelas semifinais da Copa Libertadores da América, em 1965. Acreditando em uma derrota certa, os uruguaios se surpreenderam quando terminaram o jogo com uma vitória por 2 a 1. Eleito como o melhor em campo, aquela noite marcou o início da carreira desse goleiro que se tornou uma lenda viva no futebol. Disputou três Mundiais pela Seleção Uruguaia (em 1966, 1970 - onde conquistou o título de melhor goleiro do Mundial - e 1974), além de integrar por duas vezes a Seleção do Resto do Mundo. No auge de sua carreira, o goleiro veio assumir a camisa 1 do Galo, sendo vaiado, no aeroporto de Montevidéu, por uma multidão de torcedores uruguaios que o acusavam de "traidor".
Chegou ao Atlético em 1972, nos tempos de Dario, Lôla, Vantuir e outros. Teve sua vinda a Belo Horizonte recheada por problemas. O então presidente do Atlético, Nelson Campos, por pouco dispensou o jogador por cause da mudança de valores, sugerida pelos empresários do jogador, no momento da assinatura do contrato, na Sede de Lourdes. O impasse com a diretoria permaneceu durante o dia todo. Os cartolas exigiam que o Atlético assumisse uma dívida do Peñarol com o jogador, motivo de sua briga com a equipe. O presidente se recusou e pediu à imprensa que fosse noticiado a desistência da contratação. Mazurkiewicz, entretanto, demonstrou grande vontade de vestir a camisa alvinegra e as negociações continuaram positivamente. As negociações voltaram a se complicar quando o jogador exigiu que o Atlético assumisse o pagamento de seu imposto de renda. O dirigentes atleticanos, furiosos, encerraram a reunião pela segunda vez. Dizem que Nelson Campos já estava no carro, quando ouviu o chamado de um funcionário que informou que o uruguaio havia aceitado a proposta final. Já era noite quando tudo se resolveu.
E o goleiro não decepcionou o esforço da diretoria. Durante seu tempo no Galo, o goleiro mostrou os prodigiosos reflexos, sua segurança, o extraordinário oportunismo somado à frieza que aumentavam a confiança absoluta dos companheiros. "Foi uma época inesquecível." , lembra o jogador.
Após a Copa do Mundo de 1974, transferiu-se para o Granada, da Espanha, passou por Cobreloa e América de Cali antes de retornar ao Peñarol em 1981, clube no qual encerrou a carreira.
No dia 2 de janeiro de 2013, o ex-goleiro faleceu na capital uruguaia. Há alguns dias estava internado por complicações respiratórias e chegou a ficar em coma induzido[1][2][3][4].
Ficha Técnica
Nome: Ladislao Mazurkiewicz Iglesias
Posição: Goleiro
Data de Nascimento: 14 de fevereiro de 1945
Local: Piriápolis-URU
Data de Falecimento: 2 de janeiro de 2013
Local: Montevidéu-URU
Carreira
Peñarol-URU - 1965/1971
Atlético - 1972/1974
Granada-ESP - 1974/1978
Cobreloa-CHI - 1979
América de Cali-COL - 1980
Peñarol-URU - 1981
Partidas Disputadas
Ano 1972
Ano 1973
Ano 1974
Títulos
1964 - Campeonato Sul-Americano Sub-20 - Seleção Uruguaia
1966 - Copa Libertadores da América - Peñarol-URU
1966 - Mundial Interclubes - Peñarol-URU
1967 - Campeonato Uruguaio - Peñarol-URU
1968 - Campeonato Uruguaio - Peñarol-URU
1969 - Recopa dos Campeões Intercontinentais - Peñarol-URU
Outros
1970 - 4° Lugar Copa do Mundo - Seleção Uruguaia
Referências
- ↑ Clube lamenta morte do ídolo Mazurkiewicz, acesso em 2 de janeiro de 2013.
- ↑ Morre Ladislao Mazurkiewicz, ex-goleiro da Seleção Uruguaia, Atlético e Peñarol, acesso em 2 de janeiro de 2013.
- ↑ Melhor goleiro da Copa de 70, Ladislao Mazurkiewicz morre no Uruguai, acesso em 2 de janeiro de 2013.
- ↑ Morre o ex-goleiro uruguaio Ladislao Mazurkiewicz, acesso em 2 de janeiro de 2013.