Predefinição:Biografia Ronaldinho

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O início no Grêmio

<flickr>7157629271|m|left|thumb|Ainda garoto, Ronaldo acompanhava seu irmão, Assis, em jogos do Grêmio.</flickr> A carreira do jogador começou no Grêmio desde as categorias de base. Irmão de Assis, também ex-jogador do Grêmio e atualmente seu empresário, Ronaldinho viveu toda sua infância o acompanhando e jogando pelo Grêmio. Aos 18 anos, já fazia sua aparição no grupo profissional do tricolor gaúcho e era considerado uma das grandes promessas da história do clube. Naquele ano, destacou-se em várias partidas pela Copa Libertadores da América. Aos poucos, já era o principal jogador da equipe, mesmo com seu rosto de menino, corpo franzino e suas entrevistas recheadas de timidez. O ano de 1999 marcou de vez o nome do jogador no cenário mundial. Logo em sua segunda partida com a camisa da Seleção Brasileira, o meia-atacante deu um lençol no defensor venezuelano e bateu cruzado, marcando um golaço na vitória do Brasil em jogo válido pela Copa América (ver vídeo na seção multimídia). Além disso, venceu o Campeonato Gaúcho daquele ano sobre o maior rival, com direito a belos dribles sobre Dunga, capitão do Internacional. Com a camiseta do Grêmio, foram 68 gols em 141 jogos e por muitos é apontado como a maior revelação desde Renato Gaúcho.

Ida para a Europa

No ano de 2001, o jogador acertou sua transferência para o Paris Saint-Germain numa negociação bastante conturbada, gerando indignação por parte dos gremistas. Após o Grêmio recusar várias ofertas de grandes clubes do futebol mundial, Ronaldinho acertou um pré-contrato com o clube francês às vésperas do fim do seu contrato e partiu rumo ao velho continente. No clube parisiense, teve belas exibições e conquistou a Copa Intertoto da UEFA ainda em 2001, vencendo Aston Villa e o Troyes AC. Mesmo com alguns problemas com o treinador da equipe, o jogador teve uma boa passagem no clube, com 25 gols e 18 assistências em 77 jogos.

Copa do Mundo de 2002

Na Copa do Mundo de 2002, realizada na Coreia do Sul e Japão, o jogador foi o camisa 11 da Seleção comandada por Luiz Felipe Scolari. Com uma campanha irretocável e guiada por Rivaldo e Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho marcou um dos gols mais fantásticos de todas as Copas. Nas quartas-de-final da competição, o jogador cobrou uma falta da intermediária no segundo pau confundindo o goleiro inglês Seaman. O gol garantia a virada na partida e a classificação do país para a semifinal do torneio. Com a belíssima exibição na Copa, o jogador já despertava as atenções das principais equipes da Europa.

Barcelona

<flickr>7157629217|m|right|thumb|Ronaldinho recebe o prêmio de melhor jogador do mundo.</flickr>

No dia 19 de julho de 2003, o Barcelona então anunciava a contratação do jogador por cerca de 25 milhões de euros[1]. Sua estreia ocorreu em um amistoso festivo contra o Milan. O clube catalão venceu por 2 a 0, com um dos gols marcados por Ronaldinho. Embora sua primeira temporada no Barça tenha sido boa, com 24 gols, 14 assistências em 58 jogos, foi no Campeonato Espanhol de 2004/05 que o jogador chegava ao seu auge. Com jogadas fantásticas, dribles espetaculares e gols que marcaram época no Camp Nou. O resultado disso foi a conquista do Campeonato Espanhol, a Supercopa da Espanha e o maior prêmio individual que um atleta de futebol pode receber: o prêmio de melhor jogador do mundo pela FIFA. No campeonato nacional, faturou o Don Balón, prêmio ao melhor jogador estrangeiro. Com tão pouco tempo de Barcelona, o presidente da instituição, Joan Laporta, afirmava categoricamente que não vendia o jogador por nada. "Ronaldinho representa a magia dos membros e torcedores do Barcelona, e eu não quero vender a magia dos torcedores", enfatizou Laporta[2].

A temporada seguinte foi recheada de alegria para a torcida azul-grená. No Campeonato Espanhol, o Barcelona sobrava na tabela de classificação, deixando o rival Real Madrid apenas contentando com o vice-campeonato. Já na UEFA Champions League, o elenco dava mostras que viria forte rumo ao seu segundo título europeu, classificando com 5 vitórias e um empate na primeira fase. A virada do ano de 2006 começava de forma espetacular para o craque brasileiro. Logo no início de fevereiro, o rei do futebol, Pelé, afirmava que o jogador era o melhor do mundo e fazia jogadas que nem ele fazia em sua época. "Ronaldinho faz coisas que eu não sabia fazer no meu tempo. Ele está jogando muito e não vejo ninguém que possa chegar perto dele atualmente", afirmou o rei do futebol[3]. No final de março, uma pesquisa feita pela empresa de consultoria alemã BBDO o colocava como o jogador de maior valor comercial no planeta, gerando cerca de 47,6 milhões de euros[4][5]. Para fechar aquele semestre com chave de ouro, três conquistas memoráveis para a torcida catalã: além do bicampeonato espanhol, o Barcelona voltava a ser o campeão da Europa, derrotando equipes gigantes como Chelsea, Benfica e Milan, até chegar no poderoso Arsenal na decisão da UEFA Champions League[6]. Um grande feito do atleta naquela temporada foi marcar um belíssimo gol contra o Real Madrid no Santiago Bernabéu em jogo pelo campeonato nacional, casa do principal rival. O feito foi tão grandioso que a torcida merengue aplaudiu o atleta de pé, mesmo vendo a sua equipe levando o revés para o Barça (ver na seção multimídia).

Ao final da temporada, voltava a ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo pela FIFA, além do Ballon d'Or, concedido pela Revista France Football.

Nos últimos dias do ano de 2006, jogou a decisão do Mundial Interclubes da FIFA, mas acabou vendo sua equipe ser derrotada por 1 a 0 para o Internacional de Porto Alegre, rival de seu clube de formação, o Grêmio.

<flickr>7158674089|m|left|thumb|Ronaldinho abraça seu sucessor no Barça, Lionel Messi.</flickr>

O ano de 2007 começava e não parecia ser tão bom para o camisa 10 do Barça. Com uma série de lesões, o jogador sequer manteve o ritmo das últimas temporadas e acabou deixando seu espaço para um novo gênio da bola, Lionel Messi. Aos poucos, surgiam rumores de sua saída do clube, já que não se encontrava mais no auge da sua forma técnica e física. Embora as críticas começavam a surgir, o craque Diego Maradona afirmava que Ronaldinho Gaúcho era o melhor jogador do mundo. "Ronaldinho Gaúcho é o melhor do mundo, e o restante dos atletas está a uma grande distância dele.", afirmou o ex-jogador argentino[7]. Poucos dias depois desta declaração, voltou a afirmar que seria um grande erro do clube em vender o jogador. "A coisa mais correta que o Barcelona pode fazer é recuperá-lo. Acredito que Ronaldinho não deve pedir que o perdoem por nada. Na verdade é o contrário. São os dirigentes e as pessoas que devem agradecer a Ronaldinho pelo que fez ao clube", ressaltou Maradona[8].

Entretanto, o coro pela permanência do craque brasileiro não foi suficiente. Poucos meses depois, a diretoria do Barça confirmava a venda do meio-campista para o Milan da Itália.

Foram 235 jogos, 103 gols, 14 títulos, 23 prêmios individuais com a camisa azul-grená. Embora tenha deixado o clube e a camisa 10 para seu sucessor, Lionel Messi, Ronnie é considerado o atleta responsável por dar de volta o sorriso ao Barcelona, um clube que vivia em decadência e em baixa na Espanha no início dos anos 2000. O torcedor barcelonista via em Ronaldinho a confiança e a alegria de acreditar nas vitórias. Mesmo após sua saída do clube, até hoje o camisa 10 é idolatrado e lembrado pelo ex-clube. Após 10 anos de sua chegada em Barcelona, o site oficial do clube divulgou um documentário mostrando a passagem de Ronnie entre 2003 e 2008[9] (veja na seção Multimídia).

Milan

<flickr>4073561230|m|left|thumb|Meia comemora gol sobre o Real Madrid.</flickr>

No dia 15 de julho de 2008, os clubes chegavam a um acordo e a transação batia à casa de 21 milhões de euros[10]. Na equipe de Milão, Ronaldinho teria que vestir uma nova camisa, já que a 10 era usada por Seedorf. Desta forma, escolheu o número 80, em alusão ao ano de seu nascimento.

Durante três temporadas, atuou no clube italiano, mas pela primeira vez, saiu de um clube sem conquistar nenhum título. O time rubro-negro de Milão passava por uma fase de transição em seu elenco, já que vários atletas chegavam ao final da carreira e o clube precisava reforçar diversas posições com jogadores novos. Embora tenha marcado apenas 29 gols e dado 29 assistências em 116 partidas com a camisa rossonera, o jogador anotou gol em diversos clássicos contra a Juventus e Internazionale. Seu primeiro gol no Milan ocorreu em um clássico local no San Siro. O time rubro-negro bateu a Inter por 3 a 0 e Ronaldinho marcou de cabeça após cruzamento de Kaká. Além disso, anotou tentos decisivos, como o da classificação para a UEFA Champions League de 2010/11[11].

Flamengo

<flickr>7157841441|right|m|thumb|Ronaldinho celebra virada na Vila Belmiro. Crédito: Wander Roberto (VIPCOMM)</flickr>

No dia 10 de janeiro de 2011, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, anunciava então, a volta do craque ao futebol brasileiro[12]. Após muitos dias de negociação com Assis, a equipe rubro-negra conseguia repatriar o jogador. Milhares de torcedores tomaram a Gávea para receber o novo camisa 10 do clube, com direito a carnaval e trio elétrico[13]. Sua estreia com a camisa do Fla ocorreu em 2 de fevereiro, na vitória sobre o Nova Iguaçu por 1 a 0. O primeiro gol no clube saiu logo na segunda partida, quando o Urubu derrotou o Boavista por 3 a 2. Na final da Taça Guanabara, o meia marcou o gol do título sobre o Boavista numa cobrança de falta magistral, garantindo o clube na final do Campeonato Carioca. Mas já na Taça Rio, veio o título estadual. Após o empate sem gols no tempo normal, o rubro-negro vencia o Vasco por 3 a 1 nos pênaltis. Suas atuações geravam discussões por parte da imprensa, pois o jogador ainda não estava no nível que o consagrou como melhor do mundo. Embora tenha marcado apenas 5 gols no primeiro semestre, o jogador voltou a velha forma e fez um belo Campeonato Brasileiro. Com 14 gols na competição, foi o artilheiro do Flamengo e conquistou no final do ano a Bola de Prata da Revista Placar como melhor meio-campista do torneio, além do troféu de ouro do Craques do Brasileirão da CBF[14].

Na partida contra o Santos na Vila Belmiro, o camisa 10 do Fla fez uma partida digna de gênio. Após um revés inicial de 3 a 0, contribuiu com 3 gols e uma assistência na virada épica para 5 a 4, conquistando a nota 9,5 no jogo pela Revista Placar[15][16][17].

Já no ano de 2012, o jogador atuou em 22 partidas e marcou 7 gols. Após a segunda partida da equipe no Campeonato Brasileiro, o jogador pediu a rescisão de seu contrato na justiça por problemas com o clube. A partir daí, estavam abertas as portas do Galo para o jogador.

Atlético

<flickr>7158690799|m|left|thumb|Ronaldinho é apresentado na Cidade do Galo. Crédito: Bruno Cantini</flickr>

No dia 4 de junho de 2012, o jogador foi anunciado como reforço do Atlético para o restante da temporada[18][19][20][21][22]. Em sua apresentação ao Atlético, o jogador evitou falar de seu ex-clube e mostrou imensa satisfação em vestir a camisa alvinegra. "Quando a gente recebe muitas críticas, acaba tendo vontade de dar a volta por cima e vim com essa vontade, o presidente viu isso em mim e me convidou para vir para cá. Penso em fazer o meu melhor, estou motivado para isso e almejando coisas boas. Chego para dar o meu máximo e ajudar o Atlético a conquistar títulos. O presidente [Alexandre Kalil] me olhou nos olhos e me propôs a vinda para cá. Senti confiança, firmeza e isso foi fundamental", afirmou o meio-campista.

Sua chegada ao Atlético gerou uma repercussão internacional. Jornais e TV's de todos os cantos do planeta trataram de divulgar a nova contratação pelo Galo[23]. O contrato com o jogador era válido até 31 de dezembro de 2012. Embora tenha sido relacionado para a partida contra o Bahia pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro não transferiu a documentação do jogador, impedindo o mesmo de ser regularizado no BID da CBF. [24]. Desta forma, a primeira partida com a camisa alvinegra ocorreu no dia 9 de junho, contra o Palmeiras no Pacaembu. Embora o jogador tenha dado duas assistências, o árbitro anulou os dois gols de forma incorreta. Assim mesmo, o Galo bateu o alviverde por 1 a 0, gol de .

<flickr>7433282502|m|right|thumb|Diante do torcedor alvinegro, Ronaldinho marca seu primeiro gol pelo Galo</flickr> Em sua primeira partida diante da torcida do Atlético, o meio-campista precisou de 35 minutos pra marcar o primeiro gol no clube. Após uma penalidade sofrida pelo atacante , o camisa 49 bateu com precisão no ângulo direito, sem chances para o goleiro Felipe[25][26].

Em tão pouco tempo, o jogador tornou-se intocável na equipe alvinegra, sendo decisivo com passes milimétricos e gols importantes. Para o técnico Cuca, o meio-campista é uma espécie de termômetro da equipe. "Ele é um jogador diferenciado. Todos sabem que ele é um jogador de uma qualidade técnica diferenciada. Isso engrandeceu muito a todos nós. Temos conversado com ele da importância que ele tem para o time, para o grupo, como exemplo. Quando ele vai bem, geralmente, o time joga bem.", afirmou o comandante[27].

<flickr>8166835485|m|left|thumb|Emocionado, meia homenageia padrasto em goleada contra o Figueirense.</flickr> Em seu primeiro clássico estadual, o jogador fez um gol antológico, partindo do meio-campo. Na sequência, deixou dois marcadores pelo caminho e bateu cruzado, fora do alcance do goleiro Fábio. Para o atacante Guilherme e o presidente Alexandre Kalil, o gol valeria uma placa no estádio Independência. "É o primeiro gol de placa no Independência, vamos ver se vamos colocar uma placa para ele por conta do gol", enfatizou Kalil[28].

No returno do Brasileirão, Ronaldinho fez duas atuações que ganharam destaque em todo planeta. Após a morte do seu padrasto no dia 5 de outubro, o jogador optou por jogar e prometeu uma homenagem ao familiar. E com uma atuação de gala, marcou 3 gols, deu passe para outros dois, conquistando o troféu de craque da rodada com a nota 10 pelo site Globoesporte.com[29][30]. Quatro rodadas após este feito, foi a vez de tirar uma nota 9 na decisão contra o Fluminense. Ainda no 1° tempo, marcou um belo gol de falta, mas a arbitragem, de forma incorreta, anulou o gol. Mesmo assim, ajudou o Galo com duas assistências precisas, sendo a segunda no último lance da partida, para o gol do zagueiro Leonardo Silva[31][32][33].

Na antepenúltima partida do Nacional, evitou a primeira derrota do Atlético no Independência já aos 45 minutos do 2° tempo. Após bate-rebate na zaga do Atlético Goianiense, o meia chutou seco no canto direito para igualar o placar: 2 a 2. Ao final da partida, a torcida do Atlético cantou "Fica Ronaldinho" nas arquibancadas do estádio e o jogador rasgou elogios à Massa Alvinegra. "O carinho que a torcida do Galo tem comigo é algo que eu não sei explicar. É muito pouco tempo para isso ter acontecido. O Galo ficou muito tempo sem brigar pelo título e Libertadores, e cheguei nesse momento bom e pude ajudar com boas atuações. Em qualquer lugar que saio em Belo Horizonte é assim. Eles pedem para que eu fique. Perguntam se eu vou ficar, mas meu pensamento é na vaga direta para a Copa Libertadores. Depois, vou deixar meu irmão conversar com o presidente e acertar tudo. Meu pensamento é em fazer o melhor para que o Galo entre na Libertadores.", comentou Ronaldinho[34].

Antes mesmo de terminar o Campeonato Brasileiro, a diretoria do Atlético oficializou a renovação de contrato do atleta, através do twitter do presidente Alexandre Kalil[35]. Ainda no mesmo dia (28/11), Ronaldinho concedeu entrevista coletiva na Cidade do Galo e afirmou que a torcida do Atlético pesou para a sua renovação. "Fico, já está tudo certo e estou muito feliz. Desde que cheguei, tive um tratamento maravilhoso, desde o primeiro contato com o presidente, depois chegando aqui, os companheiros, e a torcida, que foi o que mais pesou. A torcida mexeu comigo e, botando tudo isso, é o que me fez ficar feliz e continuar aqui. Tudo que passei nesses cinco, seis meses me fez querer ficar aqui", disse Ronaldinho[36]. O contrato é válido até o final de 2013[37].

O ano de 2013 iniciou para o meia como terminou a temporada anterior: grandes apresentações, gols e várias jogadas geniais. Grande astro do Atlético na Copa Libertadores, voltou a vestir a camisa 10 e chamou a responsabilidade para si no torneio continental. A primeira fase não poderia ser melhor: com 5 vitórias em 5 jogos, classificou o Galo de forma antecipada e batendo clubes expressivos da América do Sul, como o São Paulo e Arsenal de Sarandí. Na primeira partida do Atlético, deu duas assistências na vitória sobre o São Paulo por 2 a 1. O curioso ficou por conta do primeiro gol do jogo. Após uma paralisação para atendimento do lateral-esquerdo Júnior César, o meia do Galo foi até o goleiro Rogério Ceni e pediu água. Na cobrança de lateral efetuada por Marcos Rocha, Ronaldinho recebeu livre na grande área e sem nenhuma marcação. Teve apenas o trabalho de dominar e achar o atacante na pequena área para abrir o marcador. O lance, raro de se ver no futebol, foi destaque por toda mídia internacional, que ressaltava a genialidade do jogador. No duelo contra o Arsenal em Belo Horizonte, voltou a ser destaque ao marcar um gol antológico. Após receber passe do atacante Araújo, percebeu o posicionamento do goleiro e deu um toque sutil, acertando o ângulo direito da meta argentina.

Em entrevista ao Arena Sportv no dia 11 de abril, o jogador comentou como foi sua chegada ao Atlético e a conversa que teve com o presidente Alexandre Kalil. "Conversei com o presidente e vi que ele estava entendendo o que eu queria. Sempre imaginei (voltar a) passar pelo que estou passando. Ele disse uma coisa muito simples: 'Sei que tu tá com sangue no olho, com vontade de voltar a jogar. Pode vir que no meu clube eu tenho estrutura para (fazer) você voltar à Seleção. E quando eu sentei com o presidente do Atlético eu já pensei: "Esse cara tá entendendo o que eu quero. E é com ele que eu vou."", comentou o camisa 10[38]. Além disso, o meio-campista chegou a comparar sua chegada no Atlético ao bom momento que teve vestindo a camisa do Barcelona em 2005/06. "Quando eu cheguei no Barcelona, o Real Madrid vinha com os galácticos, vencendo durante muitos anos. Agora, no Galo, o clube vinha de muitos anos sem participar de uma Libertadores. Lembra muito quando eu cheguei no Barcelona. Estou muito feliz de estar passando por isso novamente na minha carreira. Espero que finalize como foi no Barcelona, com títulos.", finalizou o atleta.

Já classificado para as oitavas-de-final, o Atlético fechou a primeira fase contra o São Paulo no Morumbi em um jogo que só valia para o clube paulista. No intervalo da partida, Ronaldinho pediu para que o time se divertisse e utilizasse a partida como um treino para a fase de mata-mata. Mal interpretado pela imprensa e até por jogadores são-paulinos, os dois clubes se encontraram novamente na fase de oitavas. No jogo de ida em São Paulo, vitória alvinegra por 2 a 1 com direito a gol de cabeça do R10. Em Belo Horizonte, um novo triunfo e de forma massacrante: 4 a 1 com uma assistência do craque. Após a partida, o meia comentou o que disse na fase de grupos e ainda ironizou. "Para dizer a verdade, eles entenderam errado. Naquele jogo uma equipe tinha um objetivo, era 'tudo ou nada' para eles, mas para gente não mudaria nada, nem o primeiro lugar do grupo. Devido às circunstâncias, eu disse que a gente tinha que se divertir. Eles entenderam errado e usaram como motivação. Mas vou aproveitar a deixa... quando está valendo, está valendo.", afirmou, com um sorriso em seguida[39].

<flickr>9719184804|right|thumb|Ronaldinho e Jô comemoram a Copa Libertadores no Mineirão.</flickr>

Já nas quartas-de-final, o adversário era o Tijuana. No estádio Caliente, R10 jogou praticamente com um olho aberto, já que no início da partida, levou uma bolada no outro olho, que ficou inchado e muito vermelho[40]. Mesmo com o revés de 2 a 0 no início da partida, jogou bem e ainda deu o cruzamento para o gol de Diego Tardelli. No fim da partida, Luan igualou o marcador. Em Belo Horizonte, o Galo jogava pelo 0 a 0, mas a equipe fez uma partida abaixo da média. O clube mexicano saiu na frente ainda nos minutos iniciais, mas no fim da primeira etapa, Ronaldinho bateu falta para Réver, livre na pequena área, escorar pro fundo do gol. No fim da partida, Victor salvou o Galo da eliminação defendendo a cobrança de pênalti de Riascos. O próprio camisa 10 alvinegro não acreditou no feito.

Com a paralisação para a Copa das Confederações, o jogador recebeu uma proposta oficial do Besiktas da Turquia (posteriormente o presidente Alexandre Kalil confirmou), mas negou sua saída e afirmou que estava focado 100% na conquista da Copa Libertadores.

No dia 3 de julho, o Galo jogou mal e foi derrotado para o Newell's por 2 a 0. Para a partida de volta, R10 pediu apoio incondicional da Massa e garantiu que deixaria sangue no gramado se fosse preciso para classificar[41]. E no Independência, foram 3 minutos para abrir a caminhada para a decisão. O craque do Galo deu passe milimétrico para Bernard chutar cruzado na meta de Guzmán. O gol da igualdade no placar agregado veio somente aos 43 da etapa final, num chute de fora da área de Guilherme. Na decisão por pênaltis, coube a Ronaldinho converter a última cobrança do Galo e a assistir mais uma defesa de Victor.

A decisão era contra o tricampeão Olimpia. Com casa cheia no Paraguai e muita marcação por parte dos adversários, Ronnie praticamente não conseguiu mostrar seu bom futebol. No segundo tempo, o técnico Cuca sacou o jogador de campo para colocar Guilherme. Dias após o acontecimento, o comandante afirmou que aquela substituição era para mexer com o brio do jogador, que saiu irritado de campo, e que poderia o motivar para a grande decisão em Belo Horizonte[42]. No confronto do Mineirão, o Atlético precisou de muita paciência para furar a retranca do time paraguaio. E em grande parte do jogo, o meia chamou a responsabilidade, buscando jogadas e até chutes de longa distância. Os gols de e Leonardo Silva levaram o Galo para a prorrogação, que terminou sem gols. Na decisão, o camisa 10 era o último a bater, mas com duas cobranças desperdiçadas pelo time paraguaio, Ronnie nem precisou bater. Após o fim da partida, o meia desabafou e agradeceu o técnico Cuca. "Era o que me faltava. Falaram que nós somos um time de renegado. ‘Fala agora! Jô está acabado. Ronaldinho está acabado. Demos a volta por cima e demonstramos que não é assim. Cuca é parceiro, desde quando eu era pequeno. A torcida me abraçou. É a minha maior alegria dar essa conquista ao torcedor.", desabafou o bruxo.[43].

Com a conquista sul-americana, Ronaldinho se tornou o primeiro jogador de futebol da história a conquistar: Copa do Mundo, UEFA Champions League, Copa Libertadores da América e o troféu de melhor jogador do mundo[44].

No segundo semestre de 2013, R10 sofreu a contusão mais grave de sua carreira. Em um treino na Cidade do Galo, o jogador sofreu uma lesão grau 3 no adutor da coxa, o que gerou risco de ficar de fora da Copa do Mundo de Clubes da FIFA[45][46][47][48]. Entretanto, sua recuperação foi boa e em outubro já havia informações por parte do Atlético que as chances de jogar o Mundial eram boas[49]. Já em novembro, o meia surpreendeu a todos quando iniciou os trabalhos com bola e contrariando todas as previsões, foi relacionado para a última partida do Brasileiro contra o Vitória[50][51]. E sua volta aos gramados não podia ser em melhor estilo: marcou os dois gols no empate contra o clube baiano em jogo no Independência.

No dia 9 de janeiro de 2014, o presidente Alexandre Kalil confirmou a renovação de contrato do jogador por mais um ano[52]. Em poucos minutos, a notícia se espalhou e foi manchete em vários cantos do mundo[53][54].

Seleção Brasileira

<flickr>8344290726|m|thumb|Ronaldinho comemora golaço contra a Venezuela. Crédito: Daniel Jayo - AP Photo</flickr> São 94 jogos e 33 gols com a camisa da Seleção canarinho, além de 38 jogos pelas seleções de base, marcando 23 gols. Ronaldinho estreou contra a Letônia, em 1999, mas foi na Copa América, contra a Venezuela, que o país assistiu a uma pintura de Ronaldo, ainda de cabelos curtos e vestindo a camisa 21. Após um chapéu no defensor e um leve toque para tirar a bola do segundo adversário, o jovem talento chutou forte no canto, um golaço daquele que passava a ser chamado de Ronaldinho Gaúcho. O Brasil foi campeão da Copa América, vencendo o Uruguai na final. Ainda em 1999, Ronaldinho foi artilheiro e eleito melhor jogador da Copa das Confederações, o técnico brasileiro na ocasião era Vanderlei Luxemburgo. Convocado para as Olimpíadas 2000, na Austrália, Ronaldinho era o grande nome do Brasil. Com a eliminação para Camarões, na morte súbita, Luxemburgo foi demitido, dando lugar a Leão, que também seria demitido antes da Copa do Mundo. <flickr>8344290582|m|left|thumb|Ronaldinho festeja com companheiros gol de falta contra a Inglaterra. Crédito: Agência Getty Images</flickr> No Mundial disputado na Coréia do Sul e no Japão, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, Ronaldinho participou de 5 dos 7 jogos do Brasil. O craque ficou de fora do terceiro jogo, contra a Costa Rica, quando Felipão poupou vários titulares, e contra a Turquia, na semifinal, após ser expulso contra a Inglaterra nas quartas. Sete minutos antes de ser expulso, Ronaldinho mostrou mais uma vez ao mundo toda sua genialidade ao perceber o goleiro Seaman adiantado e acertar o ângulo com uma cobrança de falta longe da grande área. O Brasil conquistou a Copa do Mundo e Ronaldinho entrou para a seleção dos melhores jogadores do mundial.

Ronaldinho ainda conquistaria a Copa das Confederações antes da Copa do Mundo de 2006. Já no Barcelona e como melhor jogador do mundo, Ronaldinho participou do time eliminado para a França no Mundial 2006. Parte da imprensa e torcedores não concordava com o técnico Parreira, que escalou Ronaldinho fora da posição em que era acostumado a jogar pelo Barcelona. Convocado por Dunga, Ronaldinho foi o grande nome da seleção nas Olimpíadas de 2008, em Pequim. A Seleção foi eliminada pela Argentina, de Lionel Messi, na semifinal. , que também fez parte daquela seleção, encontraria Ronaldinho anos depois, no Atlético. No torneio olímpico, o meio-campo conquistou a medalha de bronze. A partir daí, o técnico Dunga não convocaria Ronaldinho para o mundial de 2010.

Após a Copa do Mundo de 2010, Ronaldinho foi convocado por Mano Menezes em sete ocasiões, todas como titular, anotando um gol, contra o México. Na ocasião, o gaúcho não marcava um gol pela seleção há quatro anos. Após o amistoso contra a Bósnia, Ronaldinho não foi convocado novamente. Após a demissão de Mano Menezes e a escolha de Felipão para o comando da Seleção, Ronaldinho voltou a ganhar nova chance na equipe que disputará a Copa de 2014. Na primeira convocação de Scolari, o camisa 49 do Atlético foi chamado para defender a Seleção contra a Inglaterra em Londres[55][56][57][58].

No primeiro jogo do comando de Scolari em sua volta à Seleção, o treinador confirmou a presença do maestro alvinegro no time titular[59]. Entretanto, a atuação do jogador foi discreta e ainda perdeu a oportunidade de marcar um gol em cobrança de pênalti. Mesmo assim, teve o aval de Felipão nas convocações seguintes e foi chamado para o amistoso contra a Bolívia. Com um bom futebol e uma assistência no jogo, o craque do Galo foi elogiado pelo comandante ao final da partida. "O Ronaldinho foi muito bem como capitão, comandou. Ele foi importante fora de campo, teve a chance de ser capitão e se portou muito bem no comando, em detalhes de mesa, refeições, horários. É isso que a gente precisa", analisou Luís Felipe em entrevista coletiva[60]. No último teste do Brasil antes da estreia na Copa das Confederações, Scolari concovou o camisa 10 do Galo para a partida amistosa diante do Chile no Mineirão[61]. O jogador teve uma atuação discreta e o comandante opinou como razoável sua participação.

Ausência na Copa das Confederações

Mesmo em excelente fase no Atlético e nome certo para boa parte da imprensa nacional e torcedores, o camisa 10 alvinegro ficou de fora para a lista da Copa das Confederações. Em poucos minutos, o treinador sofreu críticas por todos os lados. Para o jornalista Lédio Carmona, do Sportv, foi um erro a ausência do melhor jogador brasileiro na atualidade. "É um equivoco. É o melhor jogador do futebol brasileiro. Ele está fazendo um time trabalhador, abnegado, onde todos correm. Mas daria para fazer isso com o Ronaldinho Gaúcho.", afirmou Carmona[62]. Já para Marcelo Bechler, da Rádio Globo de São Paulo, o bom momento no Atlético e a falta de um bom jogador na posição, Ronaldinho deveria ser chamado. "Sendo o jogador do passe, quase sempre de primeira, Ronaldo voltou a viver grande momento, seguramente o melhor desde o Barcelona. Pela fase que vive e pela ausência de um grande nome para a função, apesar das dúvidas, deveria estar na lista.", ressaltou Bechler[63]. Colunista do Lance, o jornalista Mauro Beting, ressaltou o pedido de experiência com a camisa verde-amarela. "Precisa de gente rodada como Ronaldinho Gaúcho – que merecia o chamado, ainda que não tenha sido pelo Brasil de Felipão e de Mano o jogador necessário e preciso. Mas o Brasil precisa de mais gente experiente. Um jogador que ainda pode somar e fazer a diferença como o Gaúcho. Jadson é ótimo. Pode equilibrar uma equipe, mas não desequilibrar um jogo como Ronaldinho. A ausência dele é a mais discutível das escolhas do treinador.", afirmou o jornalista[64].

Mauro Cézar Pereira, da ESPN Brasil, entendeu que a não-convocação foi boa para Ronaldinho e o Atlético. "Ele [Scolari] parece ter comprado uma briga ao não convocar o Ronaldinho. Acho que para o Ronaldinho foi bom, porque primeiro não vai desfalcar o Atlético, não vai se desgastar em Seleção e continuará na caminhada de buscar o título da Libertadores. Segundo, sairia de um time organizado que funciona e é uma máquina azeitada, para um time que não existe, com grande risco de não se sair bem e ser criticado. Pro Ronaldinho, nesta altura da carreira, achei um bom negócio não ser convocado para a Copa das Confederações. E ainda vai ficar numa boa com a torcida, achando que ele foi injustiçado e merecia ter sido chamado. Se eu fosse torcedor do Atlético Mineiro agora eu estaria comemorando.", disse o comentarista[65].

A não-convocação de R10 foi destaque em todo o mundo. Para o jornal As, da Espanha, foi surpreendente o técnico não lembrar do meia. "Surpresa em particular, a ausência de Ronaldinho, já que ele fez uma temporada notável, o ex-barcelonista tinha sido convocado para o amarelinha em três das quatro convocações até agora (dois deles jogando o jogo inteiro).", destacou[66]. Já o italiano La Gazzetta dello Sport disse que nem o bom momento foi suficiente para a convocação e ressaltou a lembrança de Bernard. "O grande momento do Dinho com o Atlético Mineiro não foi suficiente para confirmar a seleção. Mais espaço para os jovens, como Bernard-companheiro Ronaldinho Atlético Mineiro, o melhor time na Copa Libertadores.", enfatizou[67]. Por fim, o defensor do jogador, o site argentino Olé, reafirmou a grande fase do atleta no torneio sul-americano e lamentou a ausência do craque na lista de Felipão. "Ronaldinho parece estar de volta, surgiu das cinzas de um momento ruim para se tornar um dos melhores jogadores da Copa Libertadores. No entanto, não é o suficiente para atuar na Copa das Confederações.[68].

Maior ídolo da história do Galo, Reinaldo se mostrou frustrado com a falta do camisa 10 na lista de Scolari e deixou no ar uma pergunta. "Olha, essa lista me surpreendeu. Fiquei com uma ponta de decepção. A cada dia o Ronaldinho está fazendo coisas que eu ainda nem o tinha visto fazer. Tem mostrado vontade, anda motivado, sonhando com a Seleção. Sinceramente... A convocação do Kaká eu até não esperava, porque ele não vem jogando sempre, entra e sai do time... Agora, a do Ronaldinho eu esperava. Olha, essa Copa é uma competição importante. A Seleção precisa de jogadores experientes. E existe aquela máxima de que futebol é momento. Não tem?", finalizou o ex-camisa 9 do Atlético[69].

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  67. Brasil, Kaká e Ronaldinho não convocados, acesso em 14 de maio de 2013.
  68. Dinho no se Copa, acesso em 14 de maio de 2013.
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