Paulo Valentim: mudanças entre as edições
(→Outros) |
|||
(4 revisões intermediárias pelo mesmo usuário não estão sendo mostradas) | |||
Linha 16: | Linha 16: | ||
No Galo, sua estreia foi em dezembro de 1954, em um clássico contra o [[Cruzeiro-MG|Cruzeiro]] no período que os rivais fizeram duelos em sequência para a decisão do 2º turno do Estadual. O Atlético seria campeão mineiro de 54 só em abril de 55. Valentim ainda era um ponta direita reserva, entrava pouco, já que o titular, [[Joel Rezende|Joel]], estava em alta e acabaria artilheiro da competição. | No Galo, sua estreia foi em dezembro de 1954, em um clássico contra o [[Cruzeiro-MG|Cruzeiro]] no período que os rivais fizeram duelos em sequência para a decisão do 2º turno do Estadual. O Atlético seria campeão mineiro de 54 só em abril de 55. Valentim ainda era um ponta direita reserva, entrava pouco, já que o titular, [[Joel Rezende|Joel]], estava em alta e acabaria artilheiro da competição. | ||
No segundo semestre de 1955, o técnico Ricardo Diez retornaria ao comando, e passaria a usar Valentim como centroavante do clássico esquema da pirâmide invertida – 2 defensores, 3 meias e 5 atacantes. Assumiria o papel de goleador da equipe, principalmente com a ida de Ubaldo para o Bangu. | No segundo semestre de 1955, o [[Emetério Seledônio Diez|técnico Ricardo Diez]] retornaria ao comando, e passaria a usar Valentim como centroavante do clássico esquema da pirâmide invertida – 2 defensores, 3 meias e 5 atacantes. Assumiria o papel de goleador da equipe, principalmente com a ida de [[Ubaldo Miranda|Ubaldo]] para o [[Bangu-RJ|Bangu]]. | ||
Aquele estadual voltaria a ser decidido no ano seguinte. O troféu foi disputado por um triangular final com Galo, Villa Nova e Democrata SL. Paulinho faria o gol que abriria o placar na vitória do título, por 4 a 0, contra o Jacaré. Também seria expulso, demonstrando o seu temperamento esquentado em algumas situações. Formaria uma dupla empolgante com Tomazinho, um dos maiores artilheiros da história do Atlético. O desempenho de Paulinho despertaria os olhos de Vasco, Botafogo e Palmeiras. | Aquele estadual voltaria a ser decidido no ano seguinte. O troféu foi disputado por um triangular final com Galo, [[Villa Nova-MG|Villa Nova]] e [[Democrata/SL-MG|Democrata SL]]. Paulinho faria o gol que abriria o placar na vitória do título, por 4 a 0, contra o Jacaré. Também seria expulso, demonstrando o seu temperamento esquentado em algumas situações. Formaria uma dupla empolgante com [[Thomaz de Aquino Gonçalves|Tomazinho]], um dos maiores artilheiros da história do Atlético. O desempenho de Paulinho despertaria os olhos de [[Vasco-RJ|Vasco]], [[Botafogo-RJ|Botafogo]] e [[Palmeiras-SP|Palmeiras]]. | ||
No segundo semestre de 1956, se despediria de Belo Horizonte (mas não totalmente, pois já estava apaixonado por Hilda Furacão) para ser o dono de gols de outro clube alvinegro. Chegaria a ser suplente (lista reserva) da seleção brasileira que disputou a Taça Osvaldo Cruz de 56, contra o Paraguai. | No segundo semestre de 1956, se despediria de Belo Horizonte (mas não totalmente, pois já estava apaixonado por Hilda Furacão) para ser o dono de gols de outro clube alvinegro. Chegaria a ser suplente (lista reserva) da seleção brasileira que disputou a Taça Osvaldo Cruz de 56, contra o Paraguai. | ||
Paulo Valentim foi comprado pelo Botafogo, junto ao Atlético, em julho de 1956, com o jornalista e então diretor do clube carioca, João Saldanha (tio de Bebeto de Freitas, ex-dirigente do Galo), veio pessoalmente a Belo Horizonte. Vendido por 1 milhão de cruzeiros, foi, na época, a transação mais cara do futebol mineiro, conhecido como “celeiro de cracks” para os clubes do eixo Rio-São Paulo. | Paulo Valentim foi comprado pelo Botafogo, junto ao Atlético, em julho de 1956, com o jornalista e então diretor do clube carioca, João Saldanha (tio de [[Paulo Roberto de Freitas|Bebeto de Freitas]], ex-dirigente do Galo), veio pessoalmente a Belo Horizonte. Vendido por 1 milhão de cruzeiros, foi, na época, a transação mais cara do futebol mineiro, conhecido como “celeiro de cracks” para os clubes do eixo Rio-São Paulo. | ||
Houve um amistoso Atlético x Botafogo no começo de 1957, no Independência, como parte do pagamento do passe do atacante. Valentim enfrentou o Botafogo uma vez como atacante do Galo, em 1956, e outras três vezes – 57, 58 e 59, todas no Horto. | Houve um amistoso Atlético x Botafogo no começo de 1957, no [[Independência|Independência]], como parte do pagamento do passe do atacante. Valentim enfrentou o Botafogo uma vez como atacante do Galo, em 1956, e outras três vezes – 57, 58 e 59, todas no Horto. | ||
== Ficha Técnica == | == Ficha Técnica == | ||
Linha 59: | Linha 59: | ||
[[categoria:Antigos - Jogadores]] | [[categoria:Antigos - Jogadores]] | ||
[[categoria:Falecidos - Jogadores]] | [[categoria:Falecidos - Jogadores]] | ||
== Referências == | |||
https://atletico.com.br/o-artilheiro-de-galo-e-botafogo-que-foi-idolo-na-argentina/ |
Edição atual tal como às 22h37min de 10 de dezembro de 2024
Biografia
Nascido em 1932 em Barra do Piraí/RJ, Paulinho é filho de Joaquim – Quim – Valentim, zagueiro campeão brasileiro de 1937 pelo Atlético. Paulo Valentim, mais conhecido como Paulinho Valentim, foi ponta-direita e atuou no Atlético entre os anos de 1954 e 1956.
O atacante chegou ao Galo no fim de 1954, após passagens por times do interior do Rio de Janeiro. Em 51 jogos, marcou 31 gols e foi bicampeão mineiro.
Após sua saída do Galo, foi jogar no Botafogo do Rio de Janeiro. A equipe da Estrela Solitária não vencia um estadual desde 1948. Ao lado de Garrincha, Nilton Santos, Quarentinha e Pampolini, conquistou o Carioca em 1957 de maneira espetacular: um impiedoso 6 a 2 sobre o Fluminense com direito a 5 gols de Paulinho Valentim (um deles de bicicleta) e outro de Mané Garrincha.
Após uma boa apresentação no Campeonato Sul-Americano de 1959 realizado em Buenos Aires, foi contratado pelo Boca Juniors. Durante 4 temporadas no clube xeneize, foi artilheiro em 3 delas, e o maior goleador do super clássico contra o River Plate: 10 gols. O jogador era tão adorado pelos torcedores que possuía até um grito de guerra especial: "¡Tim, tim, tim! ¡Es gol de Valentim!"
O início no Galo
Paulo Valentim chegou ao Atlético por ordens familiares do seu pai, o ex-zagueiro Quim, que jogou no Carijó entre 1936 e 1939. Paulinho havia atuado pelo Central de Barra do Piraí e o Guarany de Volta Redonda. “Vai ai o meu filho Paulinho, vejam se ele tem condições. Se as tiver, que fique no Atlético, club do meu coração. Se não acertar com o Atlético, mandem-no de volta. Não o deixem ficar em nenhum outro club. Só interessa o Atlético”, escreveu Quim em carta apresentada por Paulinho aos dirigentes do Galo.
No Galo, sua estreia foi em dezembro de 1954, em um clássico contra o Cruzeiro no período que os rivais fizeram duelos em sequência para a decisão do 2º turno do Estadual. O Atlético seria campeão mineiro de 54 só em abril de 55. Valentim ainda era um ponta direita reserva, entrava pouco, já que o titular, Joel, estava em alta e acabaria artilheiro da competição.
No segundo semestre de 1955, o técnico Ricardo Diez retornaria ao comando, e passaria a usar Valentim como centroavante do clássico esquema da pirâmide invertida – 2 defensores, 3 meias e 5 atacantes. Assumiria o papel de goleador da equipe, principalmente com a ida de Ubaldo para o Bangu.
Aquele estadual voltaria a ser decidido no ano seguinte. O troféu foi disputado por um triangular final com Galo, Villa Nova e Democrata SL. Paulinho faria o gol que abriria o placar na vitória do título, por 4 a 0, contra o Jacaré. Também seria expulso, demonstrando o seu temperamento esquentado em algumas situações. Formaria uma dupla empolgante com Tomazinho, um dos maiores artilheiros da história do Atlético. O desempenho de Paulinho despertaria os olhos de Vasco, Botafogo e Palmeiras.
No segundo semestre de 1956, se despediria de Belo Horizonte (mas não totalmente, pois já estava apaixonado por Hilda Furacão) para ser o dono de gols de outro clube alvinegro. Chegaria a ser suplente (lista reserva) da seleção brasileira que disputou a Taça Osvaldo Cruz de 56, contra o Paraguai.
Paulo Valentim foi comprado pelo Botafogo, junto ao Atlético, em julho de 1956, com o jornalista e então diretor do clube carioca, João Saldanha (tio de Bebeto de Freitas, ex-dirigente do Galo), veio pessoalmente a Belo Horizonte. Vendido por 1 milhão de cruzeiros, foi, na época, a transação mais cara do futebol mineiro, conhecido como “celeiro de cracks” para os clubes do eixo Rio-São Paulo.
Houve um amistoso Atlético x Botafogo no começo de 1957, no Independência, como parte do pagamento do passe do atacante. Valentim enfrentou o Botafogo uma vez como atacante do Galo, em 1956, e outras três vezes – 57, 58 e 59, todas no Horto.
Ficha Técnica
Nome: Paulo Valentim
Posição: Atacante
Data de Nascimento: 20 de novembro de 1932
Natural de: Barra do Piraí-RJ
Data de Falecimento: 09 de julho de 1984
Local: Buenos Aires-ARG
Carreira
Atlético - 1954/1956
Botafogo-RJ - 1957
Boca Juniors-ARG - 1961/1964
São Paulo-SP - 1965
Partidas Disputadas
Títulos
1954 - Campeonato Mineiro - Atlético
1955 - Campeonato Mineiro - Atlético
1957 - Campeonato Carioca - Botafogo-RJ
Outros
1959 - 2° lugar Campeonato Sul-Americano - Seleção Brasileira
Referências
https://atletico.com.br/o-artilheiro-de-galo-e-botafogo-que-foi-idolo-na-argentina/