Dario José dos Santos: mudanças entre as edições

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''“Chegou a esse nome (Dadá) porque pensou que o maior jogador do mundo era o [[Pelé]] e seu nome era Edson; o maior ‘show’ do mundo era o Garrincha e seu nome era Manuel. Perguntou-se como é que ele iria vencer como Dario. Assim, ele inventou Dadá”.''
''“Chegou a esse nome (Dadá) porque pensou que o maior jogador do mundo era o [[Pelé]] e seu nome era Edson; o maior ‘show’ do mundo era o Garrincha e seu nome era Manuel. Perguntou-se como é que ele iria vencer como Dario. Assim, ele inventou Dadá”.''
(SILVEIRA, 2006: 104)<br><br>
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==== Reconhecimento Nacional ====
Na Copa do Mundo de [[1970|70]], Dadá não foi convocado o que causou revolta entre todos os brasileiros e a imprensa. A explicação pode ser de uma implicância do técnico da [[Seleção Brasileira|Seleção]], João Alves Saldanha, com o Atlético. Saldanha era ex-técnico do [[Botafogo-RJ|Botafogo]] e militante perseguido do Partido Comunista Brasileiro. Ele parecia (ainda) não ter esquecido do ano de [[1967]] quando o time carioca perdeu para o Atlético no cara-ou-coroa. Além disso, em [[1969]], aconteceu o jogo [[196949 Atlético 2 x 1 Seleção Brasileira|Atlético x Seleção Brasileira]], que era conhecida como “As Feras de Saldanha”. O jogo terminou em [[196949 Atlético 2 x 1 Seleção Brasileira|2 a 1]] para o [[Galo]] com gol de virada de Dadá que mostrou a camisa alvinegra para a ira de Saldanha.<br><br>
Na Copa do Mundo de [[1970|70]], Dadá não foi convocado o que causou revolta entre todos os brasileiros e a imprensa. A explicação pode ser de uma implicância do técnico da [[Seleção Brasileira|Seleção]], João Alves Saldanha, com o Atlético. Saldanha era ex-técnico do [[Botafogo-RJ|Botafogo]] e militante perseguido do Partido Comunista Brasileiro. Ele parecia (ainda) não ter esquecido do ano de [[1967]] quando o time carioca perdeu para o Atlético no cara-ou-coroa. Além disso, em [[1969]], aconteceu o jogo [[196949 Atlético 2 x 1 Seleção Brasileira|Atlético x Seleção Brasileira]], que era conhecida como “As Feras de Saldanha”. O jogo terminou em [[196949 Atlético 2 x 1 Seleção Brasileira|2 a 1]] para o [[Galo]] com gol de virada de Dadá que mostrou a camisa alvinegra para a ira de Saldanha.<br><br>
Era época de ditadura no país e o jornalista Armando Nogueira, entrevistou o general Médici, que ocupava a presidência. Como certos assuntos eram censurados, Nogueira perguntou sobre futebol e Médici elogiou Dadá. No dia seguinte circulava por todo o país a manchete “O presidente quer Dario no lugar de Tostão”. Ao ser questionado sobre isso, Saldanha respondeu que “o presidente escala o ministério e eu escalo a seleção”. Resultado: Saldanha perdeu o cargo de técnico, Zagalo assumiu e o que parecia impossível alguns anos antes aconteceu: Dadá foi convocado para a Seleção Brasileira.<br><br>
Era época de ditadura no país e o jornalista Armando Nogueira, entrevistou o general Médici, que ocupava a presidência. Como certos assuntos eram censurados, Nogueira perguntou sobre futebol e Médici elogiou Dadá. No dia seguinte circulava por todo o país a manchete “O presidente quer Dario no lugar de Tostão”. Ao ser questionado sobre isso, Saldanha respondeu que “o presidente escala o ministério e eu escalo a seleção”. Resultado: Saldanha perdeu o cargo de técnico, Zagalo assumiu e o que parecia impossível alguns anos antes aconteceu: Dadá foi convocado para a Seleção Brasileira.<br><br>

Edição das 14h38min de 27 de novembro de 2008

Dario
Informações Pessoais
Nome completo Dario José dos Santos
Nascimento 04 de Março de 1946
Cidade natal Rio de Janeiro-RJ , Brasil
Apelido Dario
Atlético
Jogos 290
Gols 211
Estreia CAM 1 x 0 Uberaba-MG - 18/05/68
Último jogo Flamengo-RJ 5 x 1 CAM - 06/04/79
Vitórias 168
Empates 73
Derrotas 49
Títulos Campeonato Brasileiro de 1971; Campeonatos Mineiros de 1970 e 1978
Observações Atualizado em 27/11/08
Carreira
Revelado por Campo Grande-RJ
Atuou como Atacante
Principais clubes Atlético, Internacional-RS, Sport-PE, Flamengo-RJ, Bahia-BA



Biografia

Dario José dos Santos, mais conhecido como Dario ou Dadá Maravilha, foi atacante e jogou pelo Galo entre os anos de 1968 e 1979. Em 290 jogos, se tornou o segundo maior artilheiro do clube, ao marcar 211 gols. Foi o autor de um dos gols mais significativos da história do clube, no dia 19 de dezembro de 1971, na final do Campeonato Brasileiro contra o Botafogo-RJ no Maracanã. Além disso, foi artilheiro do clube em duas edições do Nacional: 1971 e 1972, com 15 e 17 gols, respectivamente.

Primeiros Anos

Nascido em 4 de março de 1946, em uma casa humilde no bairro de Marechal Hermes, subúrbio do Rio de Janeiro. Filho de João José dos Santos, funcionário da Companhia Energética do Rio de Janeiro - Light e de dona Metropolitana Barros, dona de casa. Sua vida é marcada por momentos difíceis que foram sendo superados um a um. Ainda na infância, em 1951, Dario viu a mãe atear fogo no próprio corpo e o pai, sem condições de criar Dario e seus dois irmãos, Mário, com sete anos e Antônio Jorge, com três anos, deixou os meninos no Serviço de Assistência aos Menores, atual Funabem. Os três irmãos se separaram e cada um seguiu seu caminho. Antônio Jorge e Mário seguiram para escolas diferentes. Dario foi para o Instituto Profissionalizante Quinze de Novembro - IPQN, em Quintino Bocaiúva, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Ficou no IPQN até os oito anos, sendo depois transferido para a Escola Wenceslau Brás, em Caxambu, Minas Gerais. Aos doze anos, quando completou seus estudos primários, voltou para o IPQN no Rio de Janeiro e por lá ficou até os dezoito anos, quando saiu para servir o Exército.

A morte da mãe e a ausência paterna tornaram Dario uma criança revoltada e sem amigos. Ele era alvo de zombaria por ser alto demais, magricela e ter os pés muito grandes. Sua única companheira era uma faca bem afiada que usava para defender das surras que levava e também para assaltar. Gostava de roubar para machucar os outros. Ele queria que as pessoas sofressem porque ele sofria. Furtos e brigas eram cada vez mais freqüentes em sua vida. Costumava dormir em copas de árvores, pois era o único lugar em que sentia paz.
Numa dessas noites dormindo em árvores, Dario viu o fantasma da mãe. Foi ela que o fez enxergar que ele não servia para esse tipo de vida.

A partir deste dia, Dario começou a enxergar o mundo com outros olhos. Foi como se tivesse nascido de novo. E longe da violência, Dario descobriu o mundo da bola.

Foi em Quintino, onde funcionava a Escola Quinze de Novembro, que Dario viu os meninos de sua idade jogando futebol e quis jogar também. Porém, não tinha intimidade nenhuma com a bola.

Começou jogando como zagueiro, pois achou que seria fácil jogar nesta posição. Para seu azar, os jogadores da sua rua eram imbatíveis. O time era formado pelos irmãos Antunes, onde o mascote era, ninguém menos que Zico, que logo depois se transformaria num dos maiores ídolos do futebol brasileiro de todos os tempos.

Em 1965, aos dezoito anos, foi para o Exército. Servia na Companhia de Comando Regimental - CCR, como recruta nº 7.728.
Apesar de ter voltador a morar na casa do pai, sua rebeldia continuava. Quando estava para ser expulso do Exército, apareceu a oportunidade de sua vida: uma campeonato de futebol. E num acordo com o capitão do regimento, Dario seria retirado da solitária, onde estava preso por indisciplina, se trouxesse o título.

Dario cumpriu o trato. Foi o artilheiro do campeonato e seu regimento, campeão. Além da liberdade, ganhou uma esperança na vida.
Um sargento de nome Valdo, acreditou no futebol de Dario, e por conhecer os dirigentes do Campo Grande, o convidou para integrar o juniores do time. Porém, o time era muito ruim. Perderam o campeonato e todos os jogadores foram dispensados, inclusive Dario. Procurou vários outros times para poder jogar, mas não passava nos testes. Tentou o trabalho braçal cavando buracos para fincar postes de luz. O trabalho miserável fez com que procurasse Gradim, técnico do Campo Grande. Pediu para treinar em troca de comida e que se ele aceitasse teria um artilheiro no time. Dario corria de um jeito tão desengonçado que parecia que algo ia soltar do seu corpo. Não tinha técnica nenhuma e nem conseguia controlar a bola.

“O Gradim foi sincero comigo, disse que eu tinha 800 defeitos e duas virtudes. Uma impulsão maravilhosa e uma velocidade incrível” (MACHADO, 1999: 32)

Foi então contratado pelo Campo Grande e seu primeiro salário foi 105 mil cruzeiros.

Ele dizia que a velocidade era de fugir dos policiais e a impulsão de pular muros para roubar, subir em telhados e árvores. Disputou o campeonato de 1967 e foi o grande destaque do Campo Grande. Passou a titular e seu salário praticamente dobrou. Dario com muita coragem, enfrentava como quem não tem nada a perder, os clubes fortes do campeonato. A casa pobre de Marechal Hermes começou a ter objetos que ele então nunca tinha visto ou usado: talheres, pratos, lençol, cama e colchão. A sorte começava a sorrir para Dario. Havia começado um ano cheio de incertezas e terminado como jogador de futebol.

Dario era sempre mal-tratrado e motivo de riso para os outros que o chamavam de macaco, perna-de-pau e negrão. Mas tinha um ótimo porte físico e vontade de vencer. Aos poucos começou a chamar a atenção como temível goleador. Se entrava em campo era para marcar gols. Foi Jorge Tavares Ferreira, diretor do Atlético, que comprou o passe de Dario. As críticas e chacotas dos torcedores e dos próprios companheiros de time só faziam com que ele quisesse melhorar.

Dario e o Atlético

Sua história no Atlético começa quando Jorge Ferreira, um diretor do Galo na época, viajou ao Rio de Janeiro na intenção de contratar o meio-campo Carlinhos e foi convencido por um bêbado que estava na porta do Maracanã a assistir ao jogo do Campo Grande, pois ele precisava de um artilheiro para concluir as jogadas de Carlinhos, e esse artilheiro só poderia ser Dario. Sem imaginar que seu futuro poderia ser definido aquela tarde, Dario entrou em campo e fez o seu habitual: marcou três gols e convenceu o diretor atleticano a levá-lo para Belo Horizonte.

No início, Dario não teve muito crédito no Atlético. Nem os jogadores, nem a torcida acreditava no seu potencial. Ficou por um ano e meio na reserva atleticana, de 68 a 69. Nesta época, quem dominava o certame mineiro era o Cruzeiro, com um time de grandes jogadores como Piazza, Tostão, Evaldo e Pedro Paulo.

Dario acreditava que podia vencer o Cruzeiro e que a qualidade como jogador era uma questão de tempo e só precisava de alguém que acreditasse nele e estivesse disposto a treiná-lo. Foi motivo piada entre os outros jogadores do Atlético. O único que não riu de Dario, foi Ronaldo Drumond que acreditou em suas palavras.

Os treinadores Aírton Moreira e Fleitas Solich nunca lhe deram uma chance para jogar, nem como reserva. Foi com a chegada de Yustrich, em 1969, que Dario teve sua primeira grande chance no Atlético. Sob o comando do novo técnico, passou a ter treinos intensivos todos os dias, duas horas antes dos outros jogadores. Eram 150 cabeçada e pelo menos 200 chutes a gol por dia. Após provar seu grande potencial de goleador, Yustrich começou a levá-lo como reserva aos jogos. Entrou em dois jogos, um contra o Valério e outro contra o Tupi, faltando poucos minutos de jogo, com o Atlético perdendo nas duas situações e conseguiu reverter o placar, dando a vitória ao Galo. Dario conseguiu então ser titular do time, mas faltava jogar diante da torcida no Mineirão.

“Eu tive dois companheiros que me estenderam a mão no Atlético. O Lola que tentava me enturmar e o Ronaldo Drumond que acreditou em mim desde o começo” (MACHADO, 1999: 40)

Não demorou muito para que sua fama de goleador se espalhasse. Foi quando nasceu Dadá Maravilha, Peito-de-aço, Beija-flor ou apenas Dadá. Fazia gol de qualquer jeito: de nuca, de bico, de testa e até parado no ar! As vaias que recebia viraram gritos de delírio da torcida ao ver Dadá entrar em campo. E sua fama se espalhou por todo o Brasil.

“Chegou a esse nome (Dadá) porque pensou que o maior jogador do mundo era o Pelé e seu nome era Edson; o maior ‘show’ do mundo era o Garrincha e seu nome era Manuel. Perguntou-se como é que ele iria vencer como Dario. Assim, ele inventou Dadá”. (SILVEIRA, 2006: 104)

Reconhecimento Nacional

Na Copa do Mundo de 70, Dadá não foi convocado o que causou revolta entre todos os brasileiros e a imprensa. A explicação pode ser de uma implicância do técnico da Seleção, João Alves Saldanha, com o Atlético. Saldanha era ex-técnico do Botafogo e militante perseguido do Partido Comunista Brasileiro. Ele parecia (ainda) não ter esquecido do ano de 1967 quando o time carioca perdeu para o Atlético no cara-ou-coroa. Além disso, em 1969, aconteceu o jogo Atlético x Seleção Brasileira, que era conhecida como “As Feras de Saldanha”. O jogo terminou em 2 a 1 para o Galo com gol de virada de Dadá que mostrou a camisa alvinegra para a ira de Saldanha.

Era época de ditadura no país e o jornalista Armando Nogueira, entrevistou o general Médici, que ocupava a presidência. Como certos assuntos eram censurados, Nogueira perguntou sobre futebol e Médici elogiou Dadá. No dia seguinte circulava por todo o país a manchete “O presidente quer Dario no lugar de Tostão”. Ao ser questionado sobre isso, Saldanha respondeu que “o presidente escala o ministério e eu escalo a seleção”. Resultado: Saldanha perdeu o cargo de técnico, Zagalo assumiu e o que parecia impossível alguns anos antes aconteceu: Dadá foi convocado para a Seleção Brasileira.

Foi em 1971 que Dadá fez o gol mais importante do Atlético: o que deu o título de 1º Campeão Brasileiro. A final do campeonato estava sendo disputada pelo Botafogo, Atlético e São Paulo. Na véspera do jogo, um homem ofereceu dinheiro para Dadá não marcar gols, porque assim o Botafogo ganharia a partida e o São Paulo teria sido o campeão. Mas ele não aceitou e marcou o gol da vitória do Galo.

Dadá foi jogar no Flamengo em 1973 para a tristeza dos atleticanos. Quando veio jogar no Mineirão contra o Atlético, ao invés de revolta, a torcida ficou feliz ao ver Dadá, mesmo que no time adversário. Assim que ele entrou em campo todos começaram a gritar seu nome. Ele voltou a jogar no Atlético em 74 e 78 e durante 21 anos de carreira passou por 16 times. Não importava para onde ia, Dadá era o ídolo das torcidas, mas de coração, é um eterno atleticano.

“Quando o Brasil joga e perde eu nem ligo, mas quando o Atlético perde eu não tenho vontade nem de comer. (...) Minhas maiores glórias na vida, conquistei com a camisa do Galo” (MACHADO, 1999: 183)

Dadá passou por cima de tudo e todos para tornar-se campeão e um dos personagens mais conhecidos e irreverentes do futebol. Um menino do subúrbio carioca que para muitos ia terminar como criminoso ganhou o mundo fazendo gols, sem nem mesmo saber jogar bola.

“Não tenho vergonha de dizer que não sei jogar bola. Sou desengonçado, quando corro aprece que vou cair. Isso tornou-se uma vantagem, pois o meu gingado torto atrapalhava o adversário que não sabia o que eu faria com a bola”. (CAMERON: 1988: 13)

Dadá foi casado durante 22 anos e está separado há 17. Tem três filhas, um filho e um neto. Atualmente é comentarista no programa Esporte Record Minas, da Rede Record de Televisão.

“Dario é a alegria constante (...) é carismático, satisfeito, de bem com a vida, o reverso de sua vida dura de sobrevivência”. (CHAGAS & CHAGAS, 1999: 16)

Ficha Técnica

Nome: Dario José dos Santos
Posição: Atacante
Data de Nascimento: 04 de Março de 1946
Naturalidade: Rio de Janeiro-RJ

Carreira

Campo Grande-RJ - 1967/1968
Atlético - 1968/1972
Flamengo-RJ - 1973/1974
Atlético - 1974
Sport-PE - 1974/1975
Internacional-RS - 1976/1977
Ponte Preta-SP - 1977/1978
Atlético - 1978/1979
Paysandu-PA - 1979
Náutico-PE - 1980
Santa Cruz-PE - 1981
Bahia-BA - 1981/1982
Goiás-GO - 1983
Coritiba-PR - 1983
América-MG - 1984
Nacional-AM - 1984/1985
XV de Piracicaba-SP - 1985
Douradense-MS - 1986
Comercial de Registro-SP - 1986

Partidas Disputadas

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196848 Vasco-RJ 2 x 0 Atlético

196949 Atlético 2 x 1 Seleção Brasileira

197172 Atlético 1 x 0 São Paulo-SP
197173 Botafogo-RJ 0 x 1 Atlético

Títulos

1970 - Campeonato Mineiro - Atlético
1970 - Copa do Mundo - Seleção Brasileira
1971 - Campeonato Brasileiro - Atlético
1975 - Campeonato Pernambucano - Sport-PE
1976 - Campeonato Gaúcho - Internacional-RS
1976 - Campeonato Brasileiro - Internacional-RS
1978 - Campeonato Mineiro - Atlético
1981 - Campeonato Baiano - Bahia-BA
1983 - Campeonato Goiano - Goiás-GO
1994 - Campeonato Amapaense - Ypiranga Clube (Como técnico)

Artilharias

1969 - Campeonato Mineiro - Atlético - 29 gols
1970 - Campeonato Mineiro - Atlético - 16 gols
1971 - Campeonato Brasileiro - Atlético - 15 gols
1972 - Campeonato Mineiro - Atlético - 22 gols
1972 - Campeonato Brasileiro - Atlético - 17 gols
1974 - Campeonato Mineiro - Atlético - 24 gols
1976 - Campeonato Brasileiro - Internacional-RS - 16 gols